Ricardo Teixeira nega propina para apoiar o Catar
O ex-presidente da CBF rompeu o silêncio e negou nesta quarta-feira 17 que tenha recebido propina de 30 milhões de euros (R$ 105 milhões) e um relógio de ouro do emir Hamad bin Khalifa Al Thani para apoiar o Catar como sede da Copa do Mundo de 2022; "Não recebi nada, rigorosamente nada disso. Esse negócio do Catar é completamente estapafúrdio", afirmou; segundo ele, seu voto no Catar foi fruto de um acordo para que o país asiático apoiasse a candidatura conjunta de Espanha e Portugal para o Mundial de 2018
247 - O ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira negou nesta quarta-feira, 17, em entrevista ao portal Terra, que tenha recebido propina para apoiar a candidatura do Qatar para ser sede da Copa do Mundo de 2022.
"Não recebi nada, rigorosamente nada disso. Esse negócio do Qatar é completamente estapafúrdio. Como presidente da CBF, e membro do comitê executivo da Confederação Sul-Americana e da Fifa, recebi a visita de todas as candidaturas, tanto para o Mundial de 2018 quanto para o de 2022. Recebi Bélgica e Holanda, uma candidatura conjunta. Recebi a Rússia. Recebi a Espanha. Recebi os EUA. E também recebi o (então) emir do Qatar. Ele veio ao Brasil porque tinha um encontro oficial com o presidente Lula. Fui anfitrião de todos", defendeu-se Teixeira, que negou ter recebido o relógio em um encontro com o emir no Brasil.
"O Emir não me deu relógio, não me deu picolé, não me deu nada. Isso é absolutamente ridículo", afirmou Teixeira. Para que seu voto fosse para os catares, Ricardo Teixeira teria recebido 30 milhões de euros (R$ 105 milhões) e um relógio de ouro do emir Hamad bin Khalifa Al Thani.
De acordo com Ricardo Teixeira, o voto para que o Qatar fosse eleito sede da Copa do Mundo de 2022 foi fruto de um acordo para que o país asiático apoiasse a candidatura conjunta de Espanha e Portugal para o Mundial de 2018.
"Eles pleiteavam uma Copa compartilhada. Então, com Portugal na disputa, lógico que o voto do Brasil (também do comitê executivo da Fifa) seria para eles. Aí que entra a questão. A Espanha precisava de votos. Tinha os três da América do Sul (Argentina, Brasil e Paraguai), o dela e possivelmente mais um da Europa. Mas era muito pouco. Então fizemos uma reunião. Eu, Villar (Angel Maria, presidente da Real Federação Espanhola de Futebol) e o Grondona (Julio, então presidente da federação de futebol da Argentina, morreu em 2014), reunião em que conseguimos mais alguns votos da Ásia, graças ao Qatar", explicou Teixeira.
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