Rubinho perde mais uma. Agora na Justiça

Fernando Porfírio_247 – Mal nas pistas, o piloto de Fórmula 1 Rubens Barrichello também não conhece vitória na Justiça. Sua derrota mais recente aconteceu numa ação de indenização por dano moral que movia pelo uso indevido de imagem. O piloto acusava a Varig Logística (Velog) e a Full Jazz Comunicação e Propaganda de usar seu nome sem autorização. Rubinho perdeu na 6ª Vara Cível Central da Capital paulista e agora no Tribunal de Justiça de São Paulo.

O piloto não gostou do anúncio no qual aparece uma criança em um carro de brinquedo com a frase: “Rubinho, dá pra ser mais velog? Com o título “Mais que Veloz, Velog – a entrega expressa da Varig Log”, o filme publicitário apresentava um garoto chamado “Rubinho”, que traja um macacão vermelho, cor tradicional da Ferrari, escuderia de Barrichello na Fórmula 1.

O desembargador Luís Francisco Aguilar Cortez reconheceu que a vinculação do filme publicitário com Rubens Barrichello é inegável. De acordo com Cortez, a propaganda usou até o apelido pelo qual o piloto é conhecido pelos fãs do automobilismo. Mas, para o relator, o nome e imagem do piloto caíram no domínio público.

O piloto brasileiro reconhece que a campanha publicitária não usou sua imagem real, mas se valeu de elementos que associam seu nome e imagem ao personagem do filme publicitário.

As duas empresas negam a acusação. A Full Jazz e a Velog alegam que não pretendiam atingir a imagem do piloto da Ferrari ou mesmo causar constrangimento a Rubens Barrichello.

Para a Full, o filme publicitário focava apenas um garoto que dirigia um carrinho pelas ruas. Na contestação, a empresa garante que em momento algum da propaganda há menção à Fórmula 1 ou alusão à Ferrari.

Barrichello afirma que depois que tomou conhecimento da propaganda notificou os responsáveis para que a publicidade fosse retirada do ar e que recebeu, por escrito, a informação de que a campanha seria mantida. A Velog desmente, garantindo que suspendeu a campanha tão logo soube do desconforto de Barrichello.

O piloto pretendia que a Justiça garantisse indenização equivalente a 50% do valor da tiragem dos jornais e revistas em que foi divulgada a propaganda, bem como a metade do valor cobrado pelas emissoras de televisão.