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Rui lembra que Odebrecht atuou contra sua eleição

O governador da Bahia, Rui Costa, nega ter recebido propina da Odebrecht, conforme delatou o ex-diretor do grupo Cláudio Melo Filho; Rui diz que ele talvez seja o único governador na história da Bahia a terminar a campanha com uma dívida de R$ 13 milhões, "cultivada por não aceitar verbas irregulares"; o governador criticou empresários da Odebrecht, e lembrou que a construtora "trabalhou contra" ele na eleição de 2014, quando seu adversário mais forte foi o ex-governador Paulo Souto, do DEM; "Digo em alto e bom som: esse grupo não queria a minha eleição em 2014. Andavam falando mal de mim porque eu fui coordenador do metrô de Salvador e não aceitei a proposta de acrescentar R$ 1 bilhão no orçamento para que eles pudessem participar da licitação"

Rui Costa (Foto: Romulo Faro)

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Bahia 247 - O governador Rui costa nega ter recebido propina da Odebrecht em sua campanha em 2014, conforme delatou o ex-diretor do grupo Cláudio Melo Filho. Rui disse num encontro de prefeitos eleitos pelo Partido Social Democrático (PSD), em Salvador nesta segunda-feira (12), que ele talvez seja o único governador na história da Bahia a terminar a campanha com uma dívida de R$ 13 milhões, "cultivada por não aceitar verbas irregulares".

"Eu sai com R$ 13 milhões em dívidas, e ainda devo R$ 8 milhões. Você acha que um governador com dois anos de mandato que tivesse disposto a dar um jeitinho já não teria quitado essa dívida? Então eu não dou jeitinho. Ou o dinheiro vai entrar de forma legal conforme a lei, ou não vou aceitar. A mesma coisa eu disse durante a campanha. Deixei claro que recebi uma pressão muito grande dos coordenadores de campanha que íamos terminar com uma dívida muito grande se tudo seguisse conforme a lei, mas eu disse: Dane-se".

Rui Costa criticou empresários da Odebrecht, e lembrou que a construtora "trabalhou contra" ele na eleição de 2014, quando seu adversário mais forte foi o ex-governador Paulo Souto, do DEM. "Digo em alto e bom som: esse grupo não queria a minha eleição em 2014. Andavam falando mal de mim porque eu fui coordenador do metrô de Salvador e não aceitei a proposta de acrescentar R$ 1 bilhão no orçamento para que eles pudessem participar da licitação".

"Eles, à época, foram tentar recurso com o então governador Jaques Wagner, que disse em alto e bom som: 'Ou vocês demonstram que o orçamento é inviável ou nós não vamos mudar o orçamento'. E fizemos uma mesa de reunião na presença do governador e eu mostrei, com os nossos técnicos, que o pedido deles não tinha fundamento. A partir daí, por onde eu andava eu recebia pancada dizendo que eu era intransigente, que não gostava de empresário", disse o governador da Bahia.

Ele afirma que encontrou Cláudio Melo poucas vezes, como faz com "inúmeros empresários que o procuram para discutir questões do estado". "Eu não tenho esse nível de intimidade com a pessoa que fez a delação, devo ter encontrado com ele poucas vezes. Ele próprio fala que não acompanhou 2014. Virou brincadeira agora na imprensa nessas delações. O cara fala: 'Eu não sei, não vi, não acompanhei, mas acho que'. Como você coloca o nome e a imagem das pessoas no 'Acho que'?', questiona o governador.

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