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Salvador vai virar um grande lixão?

O prefeito João Henrique (PP), o mais mal avaliado do Brasil, cortou 40% dos recursos destinados à limpeza da cidade no mesmo momento em que a Fundação Getúlio Vargas (FGV) realiza estudo, a pedido dele mesmo, para licitação bilionária dos serviços de lixo para os próximos 20 anos; corte aumentou absurdamente quantidade de detritos espalhados pelas ruas da terceira maior capital do país

Salvador vai virar um grande lixão? (Foto: Divulgação)
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Bahia 247 com Metro 1

No apagar das luzes de uma administração caótica, o prefeito de Salvador, João Henrique (PP), já não esconde mais o lixo debaixo do tapete: prefere deixá-lo exposto nas ruas da cidade. A quantidade de detritos não recolhidos na capital baiana é diretamente proporcional ao tamanho da dívida que o município somou nos últimos anos. O colapso nas contas públicas, porém, não é o reflexo mais claro da administração desastrosa do prefeito. A consequência que mais afeta a população está à vista nas ruas: o Jornal da Metrópole obteve a informação de que os serviços relacionados à limpeza urbana em Salvador foram reduzidos em incríveis 40%.

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Quem passa pelos bairros da periferia, subúrbio e até no centro da cidade tem notado os problemas na coleta de lixo, que se acumula nas ruas. "Tem lugar que os coletores transbordam e, quando chove, ainda é pior", afirma o armador Adeilton Oliveira.

Na outra ponta do problema estão os funcionários que fazem a coleta de lixo na cidade e têm que lidar com uma estrutura deficitária e antiga. "Acho que os equipamentos já estão desgastados. As caçambas, os coletores de rua, os equipamentos estão furados e vazando. A frota iria ser renovada, o que não foi feito, com exceção dos compactadores", explica Álvaro Filho, ex-presidente da Limpurb.

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Redução da coleta

O ex-presidente da Limpurb, Álvaro Filho, diz que falta atenção em alguns pontos da cidade. "Não tenho visto em bairros populares aquela coleta diária. Tem locais que a coleta acontecia em dois turnos diferentes", afirma. Ele ainda diz que a redução nos serviços de limpeza urbana está ligada a questões financeiras.

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"Já não tínhamos um serviço eficiente, imagine agora, reduzido?", questiona Álvaro, que calcula que a cidade precisaria, sim, de um aumento de cerca de 30% no ritmo de coleta - mas em relação aos números de antes do corte.
"A coleta atrasa, demoram de pegar o lixo. Deviam mudar a hora", conta o taxista Carlos Magno. Para a baiana de acarajé Bárbara Reis, tanto no centro da cidade quanto na periferia há lixo espalhado nas ruas.

Licitação bilionária

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O corte de 40% dos serviços da Limpurb, que acaba se refletindo nas ruas cheias de lixo em Salvador, acontece coincidentemente ao mesmo tempo em que a Fundação Getúlio Vargas (FGV) realiza um estudo - a pedido da Prefeitura - para uma licitação bilionária dos serviços de lixo nos próximos 20 anos. Caso a licitação aconteça, o valor que será embolsado pela empresa vencedora poderá chegar à cifra de R$ 5,5 bilhões e trará um impacto ainda maior para os cofres públicos.

De acordo com o ex-presidente da Limpurb, Álvaro Filho, a fatura mensal da empresa há cerca de um ano era de R$ 18 milhões por mês. Caso a licitação seja aprovada e o valor máximo seja aplicado, as despesas alcançarão a marca dos R$ 23 milhões por mês.

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Apesar da pressão do prefeito João Henrique (PP) sobre a Procuradoria-Geral do Município, para que o edital de licitação seja lançado antes da sua saída do cargo, a questão teve que ser abortada, segundo Filho. "Tivemos uma celebração com o Ministério Público e assinamos um acordo de não realizar esse contrato de 20 anos antes de ter uma série de adequações, que já eram para ter ocorrido", diz. Entre as exigências, estão a apresentação do Plano Municipal de Resíduos Sólidos e investimentos na frota.

Falta de educação

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Com menos gente na limpeza, a falta de educação dos moradores fica ainda mais clara. Para o ex-presidente da Limpurb, faltam ações educativas. "Na minha época, tínhamos um trabalho de educação ambiental em vários bairros, sobretudo naqueles em que era notada uma maior incidência desse descarte aleatório", explica.

"As pessoas lancham aqui e, mesmo vendo a lixeira, jogam o lixo no chão", afirma a baiana Bárbara. "O povo pensa que se não sujar a rua não tem trabalho para o gari" completa o taxista Marcos.

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