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    Sandoval reaparece: "É um absurdo retirar direitos"

    Acusado pelo governo de espancar a Lei de Responsabilidade Fiscal com benefícios a diversas categorias de servidores em período proibido e de deixar dívida superior a R$ 1 bilhão, o ex-governador Sandoval Cardoso (SD) se manifestou nesta quinta-feira, 12, sobre as medidas de austeridade anunciadas pelo governador Marcelo Miranda (PMDB); Sandoval disse que os reajustes aos servidores foram "amplamente discutidos", negou que estado esteja inviabilizado e disse que "nenhum governo deixa dinheiro em caixa"; ex-gestor criticou Marcelo: "tem que parar de reclamar e aumentar a receita do Estado"

    Acusado pelo governo de espancar a Lei de Responsabilidade Fiscal com benefícios a diversas categorias de servidores em período proibido e de deixar dívida superior a R$ 1 bilhão, o ex-governador Sandoval Cardoso (SD) se manifestou nesta quinta-feira, 12, sobre as medidas de austeridade anunciadas pelo governador Marcelo Miranda (PMDB); Sandoval disse que os reajustes aos servidores foram "amplamente discutidos", negou que estado esteja inviabilizado e disse que "nenhum governo deixa dinheiro em caixa"; ex-gestor criticou Marcelo: "tem que parar de reclamar e aumentar a receita do Estado" (Foto: Aquiles Lins)

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    Tocantins 247 - Apontado pelo atual governo como o responsável por deixar uma dívida astronômica e conceder benefícios a servidores em período proibido pela legislação, o ex-governador Sandoval Cardoso (SD) se manifestou nesta quinta-feira, 12, sobre as acusações que caem sobre ele. 

    Em declarações publicadas pelo blog CT, Sandoval defendeu que o pacote de bondades concedido por sua gestão aos servidores estaduais, incluindo as promoções aos Policiais Militares. Apesar da proibição expressa no Artigo 21 da Lei de Responsabilidade Fiscal, que diz que "é nulo de pleno direito o ato de que resulte aumento da despesa com pessoal expedido nos 180 dias anteriores ao final do mandato do titular do respectivo Poder", Sandoval afirmou que os aumentos de salários, progressões, promoções e reajustes aos servidores foram "amplamente discutidos" e que seriam implantados de forma escalonada, respeitando a capacidade de pagamento do governo.

    Sandoval garante que as medidas não inviabilizaram o Estado. "É um absurdo agora retirar direitos, prejudicar quem toca o Estado, que são os servidores, para esconder uma verdade: o fracasso do governo e o fato de que Marcelo não dá conta de administrar", afirmou Sandoval.

    Acusado de ter utilizado dinheiro das inscrições do concurso público da Defesa Social no pagamento do 13º salário dos servidores e de entregar o governo sem quitar a folha de dezembro, no valor de R$ 260 milhões, Sandoval Cardoso disse que "nenhum governo deixa dinheiro em caixa". "O governo tem uma receita e despesa mensal, e é só executar", disse o ex-gestor, complementando que o governador Marcelo Miranda "quer se fazer de vítima".

    Segundo cálculos do governo de Marcelo Miranda, se todos os benefícios concedidos aos servidores pelo ex-governador Sandoval Cardoso fossem executados, o governo comprometeria 64% de sua Receita Corrente Líquida com despesas com pessoal, o que ultrapassa em 15% o limite máximo para este tipo de gasto, determinado pela Lei de Responsabilidade Fiscal. 

    Para Sandoval, entretanto, Marcelo “tem que parar de reclamar, cortar mordomias, valorizar quem trabalha e aumentar a receita do Estado". "Precisa ir a Brasília atrás de recursos. Quando eu assumi fiz isso. Ia a Brasília em busca de verbas, visitava obras, cobrava execução dos serviços. O Marcelo só é visto visitando TCE [Tribunal de Contas], TJ [Tribunal de Justiça] e MPE [Ministério Público] para puxar-saco. Ele precisa deixar de reclamar e buscar recursos para aumentar a arrecadação do Estado. Não há necessidade de punir o servidor por causa da incompetência do governador”, afirmou.

    Leia aqui mais declarações do ex-governador Sandoval Cardoso ao blog CT.

     

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