Sarkozy deixa o Élysée e Hollande assume a presidência da França
O socialista se torna o sétimo presidente da Vª República com a difícil missão de recolocar o país na linha do crescimento e enfrentar a austeridade alemã
Roberta Namour – correspondente do 247 em Paris – Às 10 horas e 40 minutos (horário de Paris) Nicolas Sarkozy desceu as escadarias do Palácio do Élysée, acompanhado de sua esposa Carla Bruni, deixando para trás um mandato de cinco anos como chefe de Estado da França. Seis minutos depois, o novo presidente eleito, o socialista François Hollande, assumiu oficialmente o poder.
"Sr. Presidente da República, como resultado de uma eleição realizada sob boas condições, que contou com mais de 80% dos franceses, agora o senhor se tornar o sétimo presidente da Vª República e o 24º presidente da República Francesa ", declarou Jean-Louis Debre, presidente da Assembleia Nacional. "Todos aqui e no país temos consciência da importância de vossa responsabilidade e enviamos-lhe os nossos parabéns e nossos sinceros desejos de sucesso para seu desempenho e de seu governo que irá nomear", acrescentou.
Em seu primeiro discurso como presidente eleito, François Hollande prometeu que será o governante de todos os franceses. Ele também prometeu combater os efeitos da crise econômica internacional, buscando o desenvolvimento do país e a ampliação do funcionalismo público. “Os franceses escolheram a mudança, o que me levou à Presidência da República. Tenho noção da honra e da tarefa. Comprometo-me a servir ao meu país como requer essa função”, disse.
A data de hoje marca o fim de 17 anos consecutivos de direita no poder, além da chegada de nova perspectiva para a Europa. François Hollande terá pela frente a difícil missão de recolocar o país na linha do crescimento – a França ficou estagnada no primeiro trimestre deste ano. Espera-se ainda que o novo presidente francês enfrente a austeridade alemã e imponha uma alternativa mais flexível aos países que penam para sair da crise.
O bloco do Euro sofre uma forte crise de identidade e tenta se manter unido mesmo com uma Grécia falida e uma Espanha à beira da bancarrota. O mercado financeiro foi abalado novamente pela falta de acordo no governo grego e pelos bancos centrais europeus que já falam abertamente da saía do País do Euro.
Alguns especialistas dizem que Hollande teria chegado tarde demais ao poder. Ele, que sempre foi subestimado por seus adversários, mostrou, no entanto, que pode surpreender com sua persistência.
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