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Saúde em crise. Delegados em greve. E tucano solto

Ministério Público pede afastamento do secretário da Saúde de Goiás. Delegados entram em greve. No mesmo dia, governador Marconi Perillo (PSDB) mostra desenvoltura de quem está menos tenso e mais solto, apesar das suspeitas que o envolvem, para fazer discurso denunciando existência de interesses ocultos por trás das investigações no caso Cachoeira

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Goiás 247 – Poucas semanas após superar uma greve dos professores do Estado, e tendo na memória a insatisfação de policiais militares com o tratamento recebido principalmente no ano passado, o governo de Goiás lida agora com outra greve: a dos delegados de polícia.

Paralisação comandada pelo Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de Goiás (Sindepol) começou na manhã desta segunda-feira, 14, e foi marcada por ato público em frente à sede da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de Goiás (Adpego), no Setor Serrinha, em Goiânia.

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De acordo com informação do site G1.com.br/goias, inicialmente a paralisação estava marcada para começar no dia 9, mas o Sindepol decidiu pelo adiamento por causa do acidente aéreo ocorrido no dia anterior. De acordo com o movimento grevista, todas as delegacias do estado estão com as atividades paralisadas. A exceção são as delegacias regionais que funcionarão com 50% da capacidade, para que a greve seja considerada legal.

O secretário de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO), João Furtado, informou ao G1 que as propostas estão sendo cuidadosamente analisadas. “A cada proposta feita, nós fazemos uma simulação de impacto financeiro, nas contas do Estado. Estamos analisando com muita responsabilidade e as negociações já estão bem avançadas. Eu tenho a expectativa de que até o final do dia nós possamos concluir as negociações a ter a greve suspensa”, disse.

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Também nesta segunda, o promotor Fernado Krebs, reponsável pelo Núcleo de Defesa do Patrimônio Público, entrou com ação por improbidade administrativa contra o secretário de Saúde do Estado, Antônio Faleiros. Entre as acusações do MP contra Faleiros está a de provocar “a situação vulgarmente conhecida como ‘fabricação de emergência’ para realizar contratos sem licitação”.

Krebs quer ainda o afastamento de Faleiros do cargo. Ao portal da Rádio 730, o secretário afirmou que ele mesmo já havia anunciado decisão de comprar de medicametos para os hospitais públicos, sem licitação, depois que foi proibida a utilização do Fundo Rotativo para essas aquisições. "Eu determinei as compras para que pessoas não morressem, em função dessa indefinição", disse.

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Apesar desses problemas, o governador procurou mostrar domínio da situação. Lançou projetos e fez discurso duro, reafirmando que quer ir à CPMI e que, lá, vai defender a investigação de empreiteiras. Ele também sugeriu que existem interesses ocultos por trás das investigações: "O Brasil precisa ser passado a limpo de verdade, mas não na base da hipocrisia ou da perseguição", falou.

 

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Do portal IG:

Alvo da CPI, governador de Goiás diz que 'é preciso passar o Brasil a limpo'

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Perillo volta a dizer que vai depor se for convocado e sugere que CPI abra sigilo bancário de todas as empreiteiras do País

O governador Marconi Perillo (PSDB) disse nesta segunda que, se for convocado a depor, vai sugerir à CPI do Cachoeira que sejam estendidas as investigações a todas as construtoras existentes no País. "É preciso passar o Brasil a limpo", disse o governador, em Goiânia, ao defender a abertura do sigilo bancário das empreiteiras e investigar suas relações com os governos nas esferas federal, estadual e municipal.

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O tucano disse estar "tranquilo" em relação às investigações sobre ele e seu governo. "Eu jamais permitiria que alguma empresa pagasse qualquer tipo de propina ao governo", afirmou. Sobre o envolvimento do seu nome nas escutas da PF, defendeu: "Infelizmente, às vezes pessoas citam nosso nome até mentindo, ou às vezes querendo mostrar algum tipo de intimidade para levar vantagens".

Perillo argumentou que a polícia de Goiás realizou mais de 700 operações e apreendeu 1.900 máquinas de jogos ilegais. O governador sugeriu que existam interesses ocultos por trás das investigações: "O Brasil precisa ser passado a limpo de verdade, mas não na base da hipocrisia ou da perseguição", afirmou.

Em depoimento à CPI, o delegado Matheus Mela Rodrigues confirmou encontros e ligações telefônicas entre Perillo e Cachoeira. De acordo com parlamentares que acompanharam as mais de oito horas de sessão, Rodrigues disse que foram usados três cheques de Leonardo Almeida Ramos, sobrinho de Cachoeira, na aquisição do imóvel localizado em Alphaville, condomínio de luxo em Goiânia, que pertencia a Perillo. Foi neste imóvel que o bicheiro foi preso no dia 29 de fevereiro, data em que a operação da PF foi desencadeada.

Os três cheques repassados ao governador goiano somavam R$ 1,4 milhão, segundo o delegado federal. Duas folhas eram de R$ 400 mil e a outra de R$ 600 mil.

Em nota, o governador disse que a venda da casa foi intermediada "pelo sr. Wladmir Garcêz, que inicialmente se apresentou como comprador do imóvel e, na escrituração, ele disse que o comprador seria o sr. Walter Paulo. Em seguida o sr. Wladmir levou os cheques ao governador. Na época, o governador não observou o nome do emitente pois a casa só seria escriturada após a devida quitação."

Segundo Perillo, "trata-se de patrimônio pessoal do governador e foi vendida rigorosamente dentro da lei e declarada no Imposto de Renda em uma transação que, absolutamente, nada tem a ver com a atividade pública do governador. Se o governador tivesse alguma dúvida com relação à legalidade da transação e não tivesse agido de boa fé, não teria declarado a venda de forma transparente no Imposto de Renda. Tanto é que o governador depositou os três cheques em sua conta corrente."

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