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"Se depender de estradas, Marconi será reeleito"

Afirmação é do presidente da Agetop, Jayme Rincón, em entrevista ao jornal Tribuna do Planalto; a grave situação das rodovias estaduais tem sido o principal fator de desgaste do governo Perillo, com farta munição para as lideranças da oposição; “É estranho que isso venha sendo cobrado agora com essa veemência. Por que não cobrou lá atrás?”, questiona Rincón, em referência ao governo de Alcides Rodrigues

"Se depender de estradas, Marconi será reeleito" (Foto: Henrique Luiz)
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Daniel Gondim, Eduardo Sartorato e Filemon Pereira

Da Tribuna do Planalto

Homem forte do governador Marconi Perillo (PSDB) no governo, o presidente da Agetop, Jayme Rincón, comemora os resultados de dois anos do programa Rodovida Reconstrução, que tem como objetivo revitalizar a malha viária do Estado.

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Segundo ele, as rodovias que já foram beneficiadas pelo programa saíram da lista de demandas. Ele explica que a Agetop foca também nos programas Rodovida Construção e Rodovida Manutenção que, segundo o presidente, será responsável em manter as rodovias recuperadas em bom nível de trafegabilidade.

No comando da pasta com mais recursos do governo, Rincón diz que não liga para ciúmes de outras lideranças governistas. "Quem tem que avaliar o trabalho que estamos fazendo é o governador e a sociedade", foca.

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Sobre a tentativa de reeleição de Marconi, o presidente da Agetop diz que, se depender das obras gerenciadas por sua pasta, o tucano terá totais condições de lutar por mais quatro anos de mandato no ano que vem.

"Se a reeleição dele depender de estradas, eu não tenho dúvida nenhuma de que ele vai ser reeleito, pois vamos ter uma bandeira muito forte para mostrar", afirmou.

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Veja alguns trechos da entrevista publicada pela Tribuna do Planalto:

Por que hoje a cobrança em relação a rodovias é bem maior do que era em 2010 e em 2009, por exemplo?

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Eu também me pergunto isso. Aliás, faço questão de pegar jornais da época e não existiam essas cobranças. Porque as estradas já estavam ruins. Não é possível que de 31 de dezembro a 1º de janeiro de 2011, elas se deterioraram. O histórico que temos do programa Terceira Via indicam que as empresas não trabalharam durante o governo anterior e com um agravante, receberam. Então, eu não entendo porque de repente isso virou foco.

O sr. concorda que os governos de Marconi também foram negligentes com as rodovias?

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Não.

O deputado José Vitti (DEM) comentou isso, que o Marconi, em relação a rodovias, é herdeiro dele mesmo...

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Isso é uma injustiça muito grande, porque o programa Terceira Via cumpriu o pepel dele nos dois primeiros mandatos do governador Marconi, mas depois ao longo dos anos foi desvirtuado. Mas nós temos uma malha envelhecida. A idade média da malha do Estado é quase trinta anos, então ela envelheceu e não foi reconstruída. Isso que estamos fazendo agora, deveria ter sido feito no governo anterior ou até no segundo período do segundo mandato do Marconi. Alguma coisa já deveria ter sido reconstruída. Nós estamos reconstruindo agora 6 mil quilômetros por quê? Por uma soma de fatores. A culpa não é só do governo anterior que não deu manutenção. Primeiro, a malha está envelhecida. Segundo, houve mudança no perfil sócio-econômico do Estado, já que hoje trafegam mais veículos e veículos mais pesados. É uma soma de fatores. É estranho que isso venha sendo cobrado agora com essa veemência. Por que não cobrou lá atrás? Nós herdamos um volume de problemas muito maior do que seria se tivessem dado as manutenções e as reconstruções feitas no tempo certo. Agora ficou muito fácil cobrar. Serve como justificativa? Não. Cidadão tem todo direito de cobrar. O mínimo que o Estado tem que fazer é dar condições de trafegabilidade para todos. A gente tem recebido muitos elogios de onde já fizemos o serviço. Não estamos fazendo favor. Isso é dever do Estado. Esses dias o próprio José Vitti reclamou que o governador não cuida nem da cidade dele, que Palmeiras estava ruim. Eu disse: "Isso é uma prova de que nós não estamos jogando para a plateia. Estamos trabalhando tecnicamente, quer dizer, existem problemas inclusive na cidade do governador".

A reclamação dele é que todas as saídas da cidade estão ruins.

Sim, lógico. Mas não foi só lá. De Campestre à Trindade já reconstruímos. O restante que chega em Palmeiras vamos fazer agora. Inclusive já estamos com máquinas lá. Pegamos 42 rodovias que estavam piores e resolvemos.

De tudo que foi feito, novo ou reconstruído, teve algum problema em algum lugar?

Teve. É difícil colocar a culpa na empreiteira. Onde a empreiteira foi responsável, nós notificamos e já está corrigindo, mas para se ter ideia, nós fizemos 2.081 quilômetros de rodovia e tivemos, em uma extensão linear, três quilômetros de problema. Os motivos são problemas com o solo, problemas com empreiteira. Aqui na saída de Nerópolis tivemos dez quilômetros onde ficou claro um problema com a empreiteira. Trindade e Campestre também está com problema. Um fazendeiro fez uma represa muito acima do nível e aí a água penetra na base. Tivemos que negociar com o proprietário para ele abaixar o nível e assim, não prejudicar a rodovia.

Cuidar da malha do Estado, além de outras obras e outras licitações, não é demanda demais para um órgão só?

Não, a Agetop tem estrutura para isso. O grosso da estrutura da Agetop vem da malha viária. Então, a parte de obras civis aqui sempre foi tratada em segundo plano. Nessa atual gestão, estamos dando o mesmo peso, porque têm obras importantes na parte de construção civil que estão sendo executadas. Um exemplo é o Centro de Convenções de Anápolis, que estamos mandando o edital para publicação. Tem os presídios, um Credec, que já está em construção, e iremos licitar mais quatro. Já publicamos o edital do Hospital de Urgência da Região Noroeste, com 360 leitos é maior que o Hugo. Estamos finalizando o projeto do Hospital da Mulher. Definimos com o reitor da UEG a reforma da Esefego. 

O sr. concorda que políticamente isso cria muito ciúmes no governo?

Essa história de ciúmes dentro de governo eu lido muito bem. Porque quem tem que avaliar o trabalho que estamos fazendo é o governador e a sociedade. Se outro auxiliar está insatisfeito, é problema de cada um. Eu também tenho minhas divergências. Às vezes não concordo de como algumas coisas estão sendo tratadas no governo, mas isso não cabe a mim discutir ou condenar. Isso é tarefa do governador.

O que já foi liberado de recursos do BNDES para o Rodovida Construção?
Nós já recebemos R$ 100 milhões e desse montante já devemos ter aplicado aproximadamente R$ 60 milhões. Esse dinheiro chegou na segunda quinzena de dezembro, que é o período chuvoso. Então, não tinha como gastar. Nesse período, fizemos projetos.

O dinheiro é liberado de acordo com os projetos?
Eles mandaram primeiro R$ 100 milhoes. À medida que vamos executando e pagando, eles vão repondo. Então, teremos sempre R$ 100 milhões em caixa. Com isso, temos uma flexibilidade muito grande para pagar as empresas em dia, o que é um dos diferencias que estamos tendo aqui para obter os descontos. O desconto médio é em torno de 15% no Construção e no último Reconstrução tivemos um desconto médio de 17%, o que é uma coisa inédita. A Agetop licitava e dava desconto de 1% ou 0,5%, mas era tudo licitação combinada, que foi outra coisa que nós acabamos aqui dentro. Com esses recursos do BNDES, até o final de abril estaremos com 56 obras em execução, além de licitar em torno de mais 30 obras. A nossa expectativa é aplicar entre R$ 800 e R$ 900 milhões de reais dos recursos desse financiamento. O restante fica para o ano que vem.

Todo esse recurso de R$ 1,5 bilhão é para investimento em obras rodoviárias e nos aeródromos?
Exclusivamente para aeródromos e obras rodoviárias. Quando o Fundo de Transporte foi criado, fizemos questão de criá-lo com essa limitação de não usar nenhum centavo dele para investimento, só para manutenção.

A presidente Dilma concede muitos recursos para Goiás. Como o sr. vê essa relação entre o governo Marconi com o governo Dilma?
É normal, até porque isso não é só para Goiás.

Isso não provoca nenhum impedimento depois na eleição, com o governador fazendo campanha para o candidato à presidência dele?
Essas coisas é que a gente ainda não entende no Brasil. O dinheiro não é do PT, nem da presidente da República, é da União. Ele tem que ser usado de forma responsável, e o governador Marconi faz isso em Goiás. Ele procurou todos os prefeitos, independente de partido.

A oposição reclama que isso não aconteceu...
Reclama indevidamente. Aqui na minha área, sou testemunha de que todos os pleitos de prefeitos, independentemente de partido, o governador encaminhou para serem atendidos.

Leia aqui a entrevista completa

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