Sem foro, Wagner assume articulação política de Rui
Ex-governador e ex-ministro de Dilma Rousseff, Jaques Wagner tomou posse nesta segunda-feira da coordenação do Conselho de Desenvolvimento da Bahia; cargo não tem status de secretaria de Estado, opção do próprio Wagner para derrubar argumento dos opositores de que ele integraria o governo de Rui Costa como titular de alguma secretaria apenas para garantir foro privilegiado; Wagner disse que chega ao governo de seu sucessor como "soldado"; "Eu, a partir de hoje, passo a ser um auxiliar dele, como ele já foi meu auxiliar", disse Jaques Wagner na cerimônia de posse; Rui Costa, por sua vez, voltou a dizer que a escolha de não ser secretário de Estado foi do próprio Wagner; segundo Rui, "ele poderia ter o cargo que quisesse"
Bahia 247 - Ex-governador e ex-ministro da Casa Civil de Dilma Rousseff, Jaques Wagner tomou posse nesta segunda-feira (21) do cargo de coordenador do Conselho de Desenvolvimento da Bahia. O cargo não tem status de secretaria de Estado, opção do próprio Wagner para derrubar argumento dos opositores de que ele integraria o governo de Rui Costa como titular de alguma secretaria apenas para garantir o foro privilegiado (prevê julgamentos apenas pelo Supremo Tribunal Federal - STF), em caso de ele se tornar réu na Operação Lava Jato.
Wagner disse que chega ao governo de seu sucessor e afilhado político como "soldado". "Não sou grau de recurso da decisão de Rui Costa. Quem decide é o governador do Estado. Eu, a partir de hoje, passo a ser um auxiliar dele, como ele já foi meu auxiliar", disse Jaques Wagner na cerimônia de posse nesta tarde.
O ex-governador disse que o cargo é um "recomeço" após ele deixar a articulação política de Dilma. "Tem cheiro de recomeço, em condições diferentes, mas de uma certa forma eu era ministro, deixei de ser ministro por uma violência que foi feita na democracia brasileira, que está aí feito. E a história vai tratar de analisá-la. A gente está vendo várias coisas acontecendo".
Jaques Wagner admitiu a probabilidade de ele ser candidato a senador em 2018, na provável chapa encabeçada pelo governador Rui Costa (PT) à reeleição. O petista ponderou, contudo, que pode ser candidato a deputado federal, e que a decisão vai depender do "grupo".
"O que está mais colocado neste momento é uma candidatura minha ao Senado. Seria a naturalidade, na medida em que muita gente achava que eu deveria ser senador em 2014 e eu preferi trabalhar pelo grupo, ficar sem mandato para poder contribuir. Da mesma forma eu digo hoje: eu vou jogar na posição que for melhor para o grupo. Se for como deputado, como senador, se for para não ser candidato... A minha tendência é voltar a ter um mandato político. Então eu diria que está entre deputado e senador", disse Wagner.
O governador Rui Costa voltou a dizer que a escolha de não ser secretário de Estado foi do próprio Wagner. Segundo Rui, "ele poderia ter o cargo que quisesse".
"Ele, não só pela amizade, mas pela competência que tem como gestor e como político, teria qualquer cargo no meu governo. Qualquer um que ele dissesse 'quero contribuir nessa pasta', ele teria a nomeação feita pelo reconhecimento do seu trabalho. Mas, e eu quero destacar isso, o que é o símbolo da sua simplicidade, do seu compromisso com esse projeto político, acabou de ser nomeado com DAS-2D".
Segundo Rui, a partir de janeiro Jaques Wagner "vai começar a rodar o estado e chamar industriais, comerciantes e agricultores para construir investimento, intervenção e financiamento".
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