Senadores participam de seminário no interior de Alagoas
Castigado pela maior estiagem dos últimos 50 anos, o sertão de Alagoas foi palco, em Santana do Ipanema, do primeiro seminário "Alagoas: realidade e perspectivas", que tem como proposta encontrar caminhos para estimular o desenvolvimento socioeconômico de cada região. O senador Fernando Collor de Melo, a convite de Renan Calheiros (PMDB), participou da discussão e sugeriu iniciativas para mudar o cenário do interior do estado. Atuais prefeitos e ex-prefeitos presentes demonstraram muita insatisfação com a gestão do governador Vilela (PSDB). Os pontos mais questionados foram saúde, educação e segurança. Lideranças políticas do interior sugeriram, inclusive, uma união suprapartidária encabeçada pelos senadores Renan Calheiros (PMDB) e Fernando Collor (PTB).
Alagoas247 - O Sertão foi palco, nesta sexta-feira (10), do primeiro seminário "Alagoas: realidade e perspectivas", que tem como proposta encontrar caminhos para estimular o desenvolvimento socioeconômico de cada região. Com a organização da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) e da União dos Vereadores de Alagoas (Uveal), prefeitos, vereadores, deputados estaduais e bancada federal participaram do debate.
O senador Fernando Collor de Melo, a convite de Renan Calheiros (PMDB), participou da discussão e sugeriu iniciativas para mudar o cenário do interior do estado.
Antes do evento, Collor conversou com a imprensa e destacou a iniciativa da AMA e da Uveal. Segundo ele, o seminário pode desenhar os caminhos, renovar a esperança e devolver a autoestima que povo alagoano tanto precisa. “A consagração de forças entre prefeitos, vereadores e o senador Renan Calheiros vai resultar no desenvolvimento dessas regiões. Não tenho dúvida. Esse é apenas o primeiro seminário. O presidente do Senado é a grande estrela do evento. O nosso estado precisa virar essa triste página dos últimos anos. A população não aguenta mais”, considerou.
Críticas ao governo tucano
Diante dos últimos números da violência no estado, Collor lamentou a inércia do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) e pediu que a população fosse as ruas exigir a saída do chefe do Executivo. “O governo federal se empenhou por completo na elaboração e realizando do programa Brasil Mais Seguro, já o governo estadual mal fez a sua parte. Vamos sair às ruas e exigir a saída desse governador. Os vilelistas nada fazem em prol da população”, emendou.
O senador cobrou também que as secretarias de Estado sejam sensíveis às lamentações dos produtores rurais alagoanos, em especial os sertanejos. Ele destacou a criação da Subcomissão Permanente sobre Obras de Preparação para a Seca, no Senado. O requerimento apresentado por Collor foi aprovado. “Todos sabem que, a cada dez anos, uma seca como essa destrói tudo. A atual gestão nada fez e esperou a tragédia tomar essas proporções. Com a criação da subcomissão permanente, a população terá, finalmente, atenção”, colocou.
Sem sementes, pequenos produtores rurais nada puderam fazer com a chegada da quadra chuvosa. Eles se queixam da falta de apoio do governo. ”Em Alagoas, por exemplo, o atual governador, com o dinheiro em caixa, ignorou a situação da população e não destinou os recursos de combate à seca. Na verdade, falta vontade política para resolver os problemas. Repito, os vilelistas ignoram a realidade das ruas. A inércia desse pessoal é generalizada. Infelizmente, quem sofre com isso é toda população alagoana. Mas isso pode mudar”, frisou.
Políticos defendem união suprapartidária em defesa de Alagoas
O ex-prefeito de Arapiraca, Luciano Barbosa (PMDB), também participou do primeiro seminário "Alagoas: realidade e perspectivas", que tem como proposta encontrar caminhos para estimular o desenvolvimento socioeconômico de cada região. Insatisfeito com a gestão do governador Teotônio Vilela (PSDB), o peemedebista propôs a união suprapartidária encabeçada pelos senadores Renan Calheiros e Fernando Collor (PTB).
O ex-prefeito apontou diversos problemas que marcaram a gestão de Vilela nos últimos sete anos, entre eles, o descaso com a população alagoana, especialmente com os produtores rurais.
“Pernambuco e Sergipe crescem em ritmo acelerado. Enquanto isso, nosso estado fica para trás. Não consigo enxergar, apesar das tentativas, uma explicação. Aqui nessa mesa temos o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros e o ex-presidente da República e senador, Collor. Não é possível que esse cenário continue. Temos um caminho. Essa é a maior audiência pública que participei e aceitação população é impressionante”, considerou.
O peemedebista também comentou a falta de sementes as quais os produtores rurais alagoanos estão sendo submetidos. Ele cobrou uma resposta do governo do Estado e lembrou que nos estados vizinhos - que passam por um período de seca semelhante – os produtores foram devidamente assistidos. “Alguns produtores tiveram que tirar mais de R$ 1 mil para buscar sementes em outros estados. É absurdo! É verdade, também, que nos últimos anos uma coisa ou outra avançou, mas precisamos crescer rapidamente. Por isso, repito, a união suprapartidária poderia chegar em 2017 com resultados a curto, médio e longo prazo”, sugeriu.
Durante o evento, a população participou expondo as principais necessidades e duas se destacam: falta de pagamento aos proprietários dos carros-pipa – que levam água potável à população – e a não distribuição das sementes.
O deputado Antônio Albuquerque (PT do B) fez coro às declarações de Barbosa e também lamentou a lentidão do governo do Estado em reagir mediante o cenário de seca que se desenhava há três anos.
“O parlamento alagoano não tem se furtado em discutir e propor soluções. Também acredito que a junção de uma força suprapartidária pode trazer o novo cenário no estado. Nos últimos anos, faltou compromisso e vontade para resolver questões sociais. Os índices da violência crescem e falta atitude para resolver, de uma vez por toda, essa questão. Nas ruas, as pessoas estão sendo assaltadas e mortas”, esbravejou.
Ainda segundo o deputado estadual, o governador Vilela está há oito anos a frente do estado e, até agora, “não mostrou a que veio”. “Sei que não está na hora de montar chapas para disputa política, mas é preciso apontar algumas soluções. Não tenho dúvida que Renan e Collor podem mudar a triste situação de nosso estado. Chega! É precisar parar de conversa mole e agir. A população pode e clama por isso”, completou.
O prefeito de Penedo, Marcius Beltrão (PDT), participou do evento e disse acreditar que a industrialização na região ribeirinha poderia reverter os péssimos índices sociais. Ele lamentou o “momento deliciado” que o estado de Alagoas passa nos últimos anos nas áreas da saúde, segurança púbica e educação.
Para o prefeito, a criação do Consócio do Litoral Sul (Consul) trará o desenvolvimento tão sonhado para região. O pedetista destacou que vários prefeitos trabalham no sentido de sanar as últimas questões burocráticas e, em seguida, aderir o consórcio. Ele lamentou ainda o que classificou como situação delicada em Alagoas. “O tripé [educação, saúde e segurança pública], vive uma situação nunca presenciada em Alagoas. A saúde sem médicos, segurança pública sem foco e educação no mesmo caminho. Precisamos de uma força política que reverta esses índices”, pontuou.
Ele apresentou ainda o balanço de 100 dias de gestão e destacou a parceria com os senadores Fernando Collor de Melo (PTB) e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB).
“Assumimos um município com sérios problemas, mas estamos trabalhando para reverter o histórico de atraso. O desafio é enorme. Aos poucos, a população de Penedo começa a viver em outra realidade. Acredito que esse seminário é o primeiro passo para toda Alagoas esperar um novo momento. Não tenho dúvida que Renan e Collor ajudarão na garantia desse caminho”, frisou.
Com gazetaweb.com
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