Simon diz que situação da Petrobras é difícil
Senador gaúcho ressalta, porém, que o cenário pode ser revertido sob o comando de Graça Foster, uma administradora "extraordinária e competente"; Pedro Simon (PMDB-RS) discordou da avaliação positiva que a presidente fez da estatal durante audiência no Senado e citou o desempenho das ações da empresa como um indício de que sua situação não é boa
Agência Senado - Ao discursar em Plenário nesta sexta-feira (7), o senador Pedro Simon (PMDB-RS) discordou da avaliação positiva que a presidente da Petrobras, Graça Foster, fez da estatal durante audiência no Senado no dia 14 de maio.
O senador citou o desempenho das ações da empresa como um indício de que sua situação não é boa. Apesar disso, ele disse considerar Graça Foster uma administradora "extraordinária e competente" e acreditar que a Petrobras possa reverter em pouco tempo os indicadores negativos.
No caso da queda do valor dos papéis em bolsa, Simon lembrou que entre os acionistas da Petrobras não estão apenas o governo e "alguns milionários", mas também cerca de 300 mil trabalhadores "que usaram seus suados recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço para comprar essas ações".
– Muitos deles já se arrependeram do investimento. Investimento que fizeram estimulados pelo próprio governo federal – ressaltou.
Outro problema apontado pelo senador – e que sempre é mencionado pelos críticos da estatal – se refere à política de preços da Petrobras para a gasolina. A empresa é acusada de não cobrar o preço que deveria para evitar pressões ainda maiores sobre a inflação.
Dessa forma, argumentou Simon, a companhia "está sendo usada como instrumento de política monetária" ao mesmo tempo em que prejudica sua próprias finanças.
– Dilma Rousseff se encontra diante de um dilema severo e doloroso: se desafogar o caixa da Petrobras, autorizando o repasse dos preços externos, a inflação, que já assusta a todos, subirá ainda mais rapidamente – assinalou.
Na avaliação de alguns especialistas, observou Simon, a estatal enfrenta uma grave crise de caixa e seus gastos estão descontrolados, o que teria resultado no atraso no pagamento de suas contas e no adiamento de leilões de campos de petróleo, "que exigiriam ainda mais investimentos".
– Mas reafirmo minha confiança em Graça Foster sob a chefia de Dilma Rousseff – frisou, acrescentando que "é preciso ter em mente que a presidente da República ocupou por três anos o cargo de ministra das Minas e Energia e foi, durante sete anos, presidente do conselho de administração da Petrobras".
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