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      Sinpol-PE condena uso da força da PM contra greve

      Presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE), Cláudio Marinho, classificou como “retrocesso à Ditadura Militar” a solicitação de utilização do efetivo da PM para barrar passeata da categoria que será realizada na tarde desta quarta-feira (1º)

      Sinpol-PE condena uso da força da PM contra greve (Foto: Divulgação)
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      Leonardo Lucena _PE247 - “Isso é retroceder ao passado, à Ditadura Militar (1964-1985), autorizando força policial para impedir manifestações”. A declaração é do presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE), Cláudio Marinho, em resposta à solicitação do desembargador Sílvio de Arruda Beltrão, do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), do uso da força da Polícia Militar para combater atividade dos grevistas. Para o sindicalista, o magistrado não aferiu os impactos que podem gerar um possível confronto entre duas polícias armadas.

      “O juiz não mediu as consequências que essa medida pode trazer com a autorização de uso da força policial, podendo levar ao confronto duas polícias armadas”, afirmou Cláudio Marinho.

      Após o desembargador Arruda Beltrão ter argumentado, em sua decisão, que a greve é uma lesão à ordem pública, Marinho refutou tal colocação. “Não é afronta os policiais civis continuarem a greve. Estamos dentro do nosso direito. Vamos realizar assembleia para decidir os rumos do movimento”, indicou o sindicalista. A categoria reivindica reajuste salarial de 65% em cima dos R$ 2.642,00 que recebe atualmente, além de melhoria nas condições de trabalho.

      O provável enfrentamento entre as Polícias Civil e Militar pode ocorrer na tarde desta quarta-feira (1º), durante passeata que os grevistas realizarão do Centro do Recife até a sede provisória do Governo do Estado, no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda.

      Atento à queda de braço entre o governo e a polícia civil, com a participação da Justiça, o presidente da Central Única dos Trabalhadores de Pernambuco (CUT-PE), Carlos Veras, condenou a postura assumida pelo Estado. “Como o governo faz propaganda do Pacto pela Vida e, por outro lado, os policiais civis não têm suas demandas atendidas?”, questionou. “Lesão são as condições de trabalho, é o salário que a categoria recebe, um dos piores do país”, acrescentou.

      De acordo com o dirigente, há condições de conceder aumento salarial. O argumento vem depois do governador Eduardo Campos (PSB) ter dito, na semana passada, não ser possível atender aos pedidos da categoria por conta da crise econômica internacional. “Pernambuco é um dos Estados que mais arrecadam. Não faltam recursos. É questão de prioridade”, avaliou.

      Conforme informações do Sinpol-PE, 24 das 361 delegacias estão funcionando em todo o Estado e 30% da frota estão em operação. “Os policiais civis contam com o apoio da CUT. Vamos estar com eles”, completou Veras. Procurado pelo PE2437, o Governo do Estado informou que não falará mais sobre o assunto.

       

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