“Só vi ódio no discurso de Kátia”, diz prefeito do PMDB

Tocantins 247 – A guerra civil deflagrada dentro do PMDB do Tocantins continua longe de ser estancada. O que tinha tudo para ser um encontro de líderes do partido para alavancar o entusiasmo da militância, a reunião do PMDB no município de Pium, no sábado, 5, acabou se transformando numa lavação de roupa suja e destilação de rancor que não agradou prefeitos e vereadores que estiveram presentes.

O prefeito de Oliveira de Fátima, Gesiel Orcelino (PMDB), que participou do encontro, reclamou principalmente do discurso da senadora Kátia Abreu, pré-candidata à reeleição. "Vi muito ódio e muito rancor no discurso da senadora", criticou o prefeito ao blog do Cleber Toledo (leia aqui).

No evento, a senadora Kátia Abreu não poupou críticas ao deputado federal Júnior Coimbra, a quem classificou como "serviçal do Palácio Araguaia". “[Junior Coimbra] é um serviçal do Palácio Araguaia, que limpou as contas sujas do rombo que ele fez na Assembleia Legislativa utilizando o Tribunal de Contas do Estado que é uma vergonha nacional, com exceção de uns quatro conselheiros que ali está", afirmou (leia aqui).

Gesiel Orcelino está no PMDB desde de 2006, ano da histórica eleição entre Marcelo Miranda (PMDB) e Siqueira Campos (PSDB), da qual a própria senadora sagrou eleita junto com Marcelo, que veio a ser cassado em 2009.

Para o gestor municipal, a senadora Kátia Abreu não tem adotado um discurso adequado para tentar pacificar o partido. “A senadora acabou de chegar ao PMDB e já diz que não aguenta mais conviver com o deputado federal Júnior Coimbra. Falou que já está esgotada, mas acabou de chegar ao partido. Só vi ódio no discurso dela, não vi uma única proposta", reforçou.

Conforme o blog CT, Orcelino também disse que não concorda com o que chamou de "imposição de candidatos". "A democracia no partido acabou. Não é mais a convenção que define os candidatos, mas Brasília. Disseram lá que os candidatos são o ex-governador Marcelo Miranda e a senadora Kátia Abreu, e pronto. E o que pensa a base? E o que pensa todo o partido todo? Isso não será considerado?", questionou. "Eles pregam que o Siqueira Campos é ditador, mas quem está fazendo a ditadura agora é o PMDB."

Outro gestor que não ficou satisfeito com a postura da senadora Kátia Abreu foi o próprio prefeito de Pium, Manoel Araújo (PSD). Ele não participou do evento mas reprovou ao blog CT as críticas que a senadora teria feito a ele na ocasião. "Eu deixei o DEM para acompanhá-la no PSD, ela sequer veio aqui em minha campanha em 2012, agora vem à minha cidade para insultar, me desrespeitar na frente da minha população?", afirmou, indignado o prefeito. "É preciso respeitar autoridade!", defendeu.