Sob vaias e protestos, Paulo Garcia presta contas
Sessão foi marcada pela tensão entre prefeito e servidores em greve da saúde e educação, que ocuparam as galerias do plenário da Câmara Municipal; Paulo Garcia citou a crise econômica e a falta de recursos para não cumprir o plano de carreira da saúde e o não pagamento da data-base retroativa de 2014; trabalhadores protestaram, vaiaram o petista e tingiram a fonte d'água na entrada do prédio de vermelho; forte esquema de segurança foi montado na Casa para receber o prefeito; homens da Guarda Civil, munidos com escudos, se espalharam por corredores para dificultar o acesso de servidores
Goiás 247 - Depois de adiar por duas vezes, o prefeito Paulo Garcia (PT) compareceu à Câmara Municipal na manhã desta segunda-feira para sessão na Comissão Mista em que prestou contas do último quadrimestre de sua gestão em 2014. A presença do prefeito na Casa causou tumulto porque servidores grevistas da saúde e educação lotaram os corredores querendo entrar no plenário para acompanhar a sessão.
Foi montada forte barreira de segurança e somente parte dos trabalhadores conseguiu entrar. O vereador Djalma Araújo (SDD) foi quem negociou com os homens da Guarda Civil a entrada dos servidores. Uma verdadeira operação de guerra acabou sendo montada na Câmara. Agentes da Guarda, munidos com escudos e sprays de pimenta, se espalharam pela Câmara, já que da última vez a justificativa para a ausência do petista na prestação de contas foi a possibilidade de haver tumulto.
A pauta principal da sessão foi a situação financeira da prefeitura. Paulo Garcia lembrou que o enfrenta crise econômica e disse que o Paço está cortando gastos e cobrando dívidas de contribuintes para equacionar as contas. Vereadores de oposição focaram em perguntas sobre o pagamento de benefícios dos servidores, o caos na saúde e o excesso de comissionados.
Paulo Garcia apontou a crise financeira como justificativa para não cumprir o plano de carreira da saúde. O prefeito, no entanto, evitou dar maiores detalhes sobre o não pagamento da data-base retroativa de 2014, que é a principal reivindicação dos servidores em greve. A cada resposta de Paulo Garcia, os trabalhadores que ocupavam as galerias vaiavam e gritavam contra o petista.
"Prefeito disse que vai zerar déficit de vagas na educação infantil. Pelo andar das obras dos Cmeis, acho difícil promessa ser cumprida. Mas torço", disse a vereadora Dra. Cristina. Na campanha eleitoral de 2012, Paulo prometeu construir 90 Cmeis, mas a prefeitura não conseguiu entregar nem 20 unidades.
Contratos
Os vereadores de oposição Elias Vaz (PSOL) e Djalma Araújo levaram para a audiência denúncias sobre contratos que a prefeitura vem firmando e que segundo disseram, seriam superfaturados.
Entre os contratos estavam: 1 - Contratação de uma empresa em Brasília no valor de R$ 1 milhão 700 mil para assessorar a Prefeitura junto à prestação de contas dos recursos federais destinados para o Município; 2 - Contrato com empresa de call center estimado em R$ 65 milhões para serviços de telefonia; 3 - Pagamento de pessoal da extinta Condata aproximado em R$ 100 mil mensais; 4 - Contrato de aluguel de equipamentos fotossensores no valor de R$ 80 milhões.
O prefeito respondeu que muitos contratos são antigos e as licitações dos mesmos não foram efetuadas em sua administração, mas alguns estão em análise e outros em processo para nova licitação.
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