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Solidariedade a ocupação Povo sem Medo reúne 15 mil em São Bernardo

Lideranças sociais, estudantis e políticos e personalidades, se uniram em apoio aos milhares de trabalhadores sem-teto da ocupação Povo Sem Medo, em São Bernardo do Campo, contra a agressão sofrida um dia antes; no sábado, um morador da ocupação foi atingido com um tiro no braço. Ele foi operado e segue em observação; os disparos vieram de um condomínio de alto padrão que fica ao lado do terreno

Lideranças sociais, estudantis e políticos e personalidades, se uniram em apoio aos milhares de trabalhadores sem-teto da ocupação Povo Sem Medo, em São Bernardo do Campo, contra a agressão sofrida um dia antes; no sábado, um morador da ocupação foi atingido com um tiro no braço. Ele foi operado e segue em observação; os disparos vieram de um condomínio de alto padrão que fica ao lado do terreno (Foto: Aquiles Lins)
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Rede Brasil Atual - Lideranças sociais, estudantis e políticos e personalidades, se uniram neste na tarde deste domingo (17) em apoio aos milhares de trabalhadores sem-teto da ocupação Povo Sem Medo, em São Bernardo do Campo, contra a agressão sofrida um dia antes. No sábado, um morador da ocupação foi atingido com um tiro no braço. Ele foi operado e segue em observação. Os disparos vieram de um condomínio de alto padrão que fica ao lado do terreno.

O coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, classificou o ataque como "episódio lamentável" e o atribuiu em parte à falta de disposição do prefeito Orlando Morando em buscar uma solução negociada para a questão da moradia – ao contrário, estimula a intolerância.

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"Tem gente aqui em São Bernardo falando absurdos da nossa ocupação, a começar pelo prefeito. Quando age dessa maneira, a mensagem que ele passa é muito ruim. Gente de um dos prédios desses condomínios ao lado atirou com arma de fogo, numa atitude criminosa e fascista, de desrespeito à luta do povo."

Ele destacou que a ocupação ocorre de forma organizada, sem que um papel amassado fosse jogado do lado de fora da ocupação, o que não diminui o preconceito de determinadas parcelas contra aqueles que lutam por moradia. "Tem gente que ao sair na sacada e ver pobre do outro lado, acha ruim."

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Boulos ressaltou que a ocupação é formada, em sua maioria, por trabalhadores que estão desempregados "não porque querem", mas por causa da política "criminosa" praticada pelo governo "ilegítimo" do presidente Michel Temer (PMDB-SP).

O crescimento vertiginoso do desemprego foi destacado pelo presidente da CUT-SP, Douglas Izzo. "É um retrato do cenário de crise no Brasil. Vivemos um dos piores momentos da história, com o desmonte das políticas públicas e dos direitos sociais. E não apenas neste, mas em outros episódios, vemos como o clima de ódio tem se espalhado, e os aparelhos repressores do Estado são sempre utilizados contra os trabalhadores e os movimentos de esquerda", observou Izzo.

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O secretário-geral da CUT-SP, João Cayres, criticou a administração do prefeito Orlando Morando (PSDB). "O cenário de violência se dá de várias formas. O prefeito da cidade divulgou um vídeo que, em nossa avaliação, estimula o ódio. Diz que não negocia quando deveria exercer papel de conciliador e promover a paz, não o contrário", afirmou.

Assista a reportagem da TVT sobre Temer o Minha Casa Minha Vida: 

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Após decisão da Justiça que suspendeu ação de reintegração de posse contra a ocupação, os integrantes pretendem reforçar a mobilização para pressionar a prefeitura a negociar. A área de cerca de 60 mil metros quadrados, agora ocupada por cerca de 7 mil famílias, estava abandonada, há mais de 40 anos, segundo o MTST.

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O vereador de São Paulo Eduardo Suplicy (PT-SP) falou da necessidade de resistir frente a eventuais provocações, classificou o ataque como "covarde" e ressaltou a forma de organização da ocupação. "Quero me somar a todos no sentido de propor à construtura que sentem à mesa de negociação, com vocês, com o prefeito, com o governador e com o presidente, ainda que não eleito", disse Suplicy.

As cerca de 15 mil pessoas que acompanhavam o ato, na estimativa dos organizadores, respondiam aos discursos com gritos, coros e palavras de ordem. "Os incomodados que se mudem", protestou o federal Orlando Silva (PCdoB-SP). O também deputado Vicentinho (PT-SP) se manifestou. "Vocês tem o direito à terra para morar e viver." Ele ainda deu recado aos moradores dos condomínios do entorno: "Nenhum de nós é melhor do ninguém. Esse povo que está aqui não veio por brincadeira ou diversão. Vieram por necessidade."

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