Surf noturno

O velho esporte havaiano está ficando cada vez mais high-tech. Depois da onda do GPS de monitoramento de velocidade, implantado nas pranchas, a novidade agora é que os surfistas podem surfar a qualquer hora da noite. Como é possível? A espanhola Pukas Surfboards inventou uma prancha iluminada com LEDs, diodos emissores de luz, os mesmos utilizados em semáforos de sinalização.

Quando as luzes se apagam na Europa, os surfistas continuam pegando onda. A iluminação da prancha permite aos surfistas executar as manobras mais radicais , inclusive os tubos, que demandam boa visibilidade.

Idealizadas pelo shaper Juan Mari Indo, as pranchas têm os LEDs acoplados em sua estrutura antes do glassing, etapa final no processo de fabricação, na qual se aplica a fibra de vidro. As luzes são controladas através de um controle remoto que permite escolher qual programação de luz o surfista quer ver brilhar: apenas as luzes vermelhas, verdes ou azuis.

Juan Mari Indo é pioneiro nessa tecnologia no País Basco e lançou a novidade em edição limitada: são apenas quatro quatro pranchas de surf em todo o mundo que tem a tecnologia. A primeira equipada com leds foi usada em um show de aéreos noturno em Zarautz, na Espanha e foi um sucesso.

Os especialistas no assunto aprovaram o design. O surfista português Tiago Pires testou um dos modelos luminosos numa sessão de surf noturno, em companhia do surfista francês Juan Duru. O terceiro modelo ficou com o surfista espanhol Aritz Aranburu, que testou a prancha nos pesados beachbreaks de Hossegor, na França. No entanto, Aranburu, que estava com um modelo 5’6’’ em sólidas ondas de até 6 pés, não teve a mesma sorte dos outros e acabou partindo o equipamento ao meio.

Criada na década de 70, a Pukas Surfboard é uma das mais importantes fábricas de pranchas de Europa. Há mais de 30 anos no mercado, construiu uma reputação positiva no mercado, sedimentando as carreiras de surfistas como Sunny Garcia (Hawaii), Adriano de Souza (Brasil), Aritz Aranburu (País Basco), Ibon Amatrian (País Basco), Tiago Pires (Portugal), Jo an Duru (França), Tim Boal (França), entre outros.

Agora, o único limite para os surfistas de plantão são os tubarões.