Tarifas públicas impactam a inflação de maio na capital
Índice apurado pelo Instituto Mauro Borges, da Segplan, foi de 0,86%; reajustes no transporte coletivo e nas contas de água e esgoto, além de alimentos como leite tipo C Longa Vida e feijão carioca, pressionaram o índice em Goiânia; leite é o campeão de reajuste deste ano, com acumulado de 12,79% nos cinco primeiros meses de 2013
Goiás247_ Os pesquisadores do Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos da Secretaria de Gestão e Planejamento (IMB/Segplan) constataram no mês de maio, em Goiânia, uma situação de disseminação inflacionária com elevação de preços. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apurado na capital no período ficou em 0,86%, o segundo maior do ano, ficando atrás apenas do índice de janeiro, que foi de 1,31%.
Os principais impactos na taxa inflacionária de maio vieram do reajuste da passagem de ônibus urbano (4,07%), percentual proporcional aos 11 dias de vigência da nova tarifa no mês, e ainda das altas da tarifa de água e esgoto (5,95%); do leite tipo C Longa Vida (6,93%) e do feijão carioca (4,56%). Também continuaram a pressionar a inflação de Goiânia, pelo segundo mês consecutivo, roupas (2,8%) e medicamentos (1,42%). O leite tipo C Longa Vida é o campeão de reajuste deste ano, com acumulado de 12,79% nos cinco primeiros meses de 2013.
Em maio, dos nove grupos que compõem o IPC-Goiânia, sete registraram aumentos; um teve índice negativo, Educação (-0,26%); e um ficou com os preços estáveis, Comunicação. Vestuário apresentou a maior taxa (2,51%), devido às roupas de inverno, com destaque para a elevação dos preços da blusa feminina (7,09%), camiseta masculina (6,06%) e roupa de bebê (5,97%).
Transportes
O grupo de Transportes teve reajuste médio de 2,08%, puxado principalmente pela variação da passagem de ônibus urbano, proporcional aos dias de vigência da nova tarifa no mês de maio. Em compensação, houve quedas nos preços do etanol (-1,51%) e da gasolina comum (-1,05%). “Para o mês de junho ainda há uma expectativa de índice mais alto por conta do resíduo do reajuste do transporte urbano. Especialistas da área de alimentos estão otimistas com preços mais baixos de hortaliças e de frutas”, destaca a chefe do Gabinete de Gestão do IMB-Segplan, Lillian Maria Silva Prado.
Devido à alta dos medicamentos, o grupo de Saúde e Cuidados Pessoais registrou aumento médio de 1%. Já habitação teve acréscimo de 0,88%, em decorrência dos aumentos nos preços da tarifa de água e esgoto e do aluguel residencial (0,5%). Artigos residenciais registraram índice de 0,57%, e Despesas Pessoais, de 0,4%.
Alimentação
O grupo da Alimentação, que concentrou considerável parte da inflação da capital nos últimos meses, apresentou desaceleração dos preços em maio, com alta de 0,31%. O destaque fica por conta da alimentação em casa, que subiu apenas 0,02%. No grupo de Alimentação Fora do Domicílio o peso maior ficou por conta do lanche, com alta de 1,47%. “É interessante comentar que o grupo de alimentação, que sempre é o vilão, desta vez não pressionou a inflação”, explica Lillian Prado. O almoço por quilo registrou alta de 0,72%. Porém, conforme os pesquisadores do IMB/Segplan, o grupo ainda apresenta produtos com elevados aumentos de preços. Nos cinco primeiros meses do ano, a inflação de Goiânia acumula taxa de 3,64%, pouco abaixo de igual período de 2012 (3,68%).
Cesta básica
O custo da cesta básica, contendo os alimentos indispensáveis à subsistência do trabalhador, subiu 0,18% em Goiânia no mês de maio e atingiu o valor de R$ R$ 256,02 para uma pessoa, de acordo com o IMB/Segplan. Este é o menor índice desde junho de 2012 (-0,45%). No ano, os alimentos básicos acumulam alta de 10,5%.
Dos 12 itens que compõem a cesta básica, quatro tiveram alta em maio, na comparação com abril, seis apresentaram redução e dois mantiveram estáveis os preços – pão e açúcar. “A cesta básica teve um reajuste muito pequeno, o menor desde junho do ano passado. A metade dos produtos - são 12 - apresentou queda de preço. O pãozinho e o açúcar ficaram estáveis”, salienta Lillian Prado. O item que com maior índice de reajuste foi o leite (6,93%), seguido do feijão (4,7%). As quedas mais acentuadas foram verificadas na margarina (-2,85%) e no óleo (-2,74%).
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