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      Tarso: 'mostraremos o que foi o nosso governo'

      Após passar a tarde recolhido em casa, o candidato do PT ao governo do Estado, Tarso Genro, se dirigiu ao comitê central do partido onde admitiu surpresa com a votação do postulante do PMDB, José Ivo Sartori, que fez cerca de 40% dos votos no primeiro turno; "Sartori merece nossos cumprimentos, mas ele não participou do debate político no primeiro turno", afirmou; "Não vamos fazer ataques pessoais. Vamos mostrar o que foram nossos governos", acrescentou em referência à sua gestão e as da legenda peemedebista, que, após a Ditadura Militar (1964-85) teve quatro governadores no RS

      Após passar a tarde recolhido em casa, o candidato do PT ao governo do Estado, Tarso Genro, se dirigiu ao comitê central do partido onde admitiu surpresa com a votação do postulante do PMDB, José Ivo Sartori, que fez cerca de 40% dos votos no primeiro turno; "Sartori merece nossos cumprimentos, mas ele não participou do debate político no primeiro turno", afirmou; "Não vamos fazer ataques pessoais. Vamos mostrar o que foram nossos governos", acrescentou em referência à sua gestão e as da legenda peemedebista, que, após a Ditadura Militar (1964-85) teve quatro governadores no RS (Foto: Leonardo Lucena)
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      Ana Ávila, Sul 21 - Após passar a tarde recolhido em casa, o candidato do PT ao governo do Estado, Tarso Genro, se dirigiu ao comitê central do partido no início da noite deste domingo (05), onde admitiu surpresa com a votação do postulante do PMDB, José Ivo Sartori, que fez cerca de 40% dos votos no primeiro turno. Tarso encerrou a primeira etapa com pouco mais de 32%. O petista disse que Sartori correu pelas laterais, enquanto ele Ana Amélia Lemos, do PP, protagonizaram o debate até então. "Sartori merece nossos cumprimentos, mas ele não participou do debate político no primeiro turno", afirmou.

      Para Tarso, o segundo turno é uma nova eleição, em que os dois candidatos partem do zero a zero. "Vamos para o segundo turno otimistas e mobilizados", afirmou o petista. Ele lembrou que Ana Amélia chegou a estar mais de 10 pontos percentuais à sua frente no primeiro turno e a diferença acabou revertida. Segundo ele, o percentual que o separa agora do candidato do PMDB é menor e pode ser superado.

      O atual governador disse ainda que foi atacado por todos os adversários no primeiro turno. "Tínhamos que escolher a quem responder", afirmou. Para Tarso, seu adversário da próxima etapa se apresentou até agora como alguém que estivesse fora da política partidária, o que, na opinião dele, não é verdadeiro. "Vamos comparar nosso governo com o governo Yeda, no qual o PMDB teve papel de destaque, e com o de Antônio Britto", disse.

      Alianças para o segundo turno

      No segundo turno, Tarso afirmou que irá procurar prefeitos de todas as bases partidárias. "Vamos propor uma frente de defesa do Rio Grande". Tarso acredita até mesmo em alianças com prefeitos do PP, de Ana Amélia. Ainda assim, supõe que a direção estadual dos progressistas deve se voltar para o PMDB.

      O PDT, de Vieira da Cunha, deve ser a primeira sigla com a qual o PT tentará uma aliança. Questionado se a eleição de Lasier Martins para o Senado pelo partido não pode prejudicar uma futura aliança, Tarso disse que não pode responder. "Se o Lasier se transformar no líder do partido de Brizola, vai dificultar", afirmou.

      O PSOL deve ser outro partido buscado para uma parceria no segundo turno. Para Tarso, a sigla que disputava o governo com Roberto Robaina tem capacidade de mobilização política forte. "Até dei uma contribuição para isso", brincou em referência à filha Luciana Genro, candidata à presidência pelo PSOL. Tarso não acredita que o partido socialista vá ficar omisso na próxima etapa.

      PT X PMDB

      No segundo turno, o PT deve atacar o "calcanhar de Aquiles do PMDB", nas palavras do atual governador. Segundo Tarso, o objetivo é mostrar os contrastes entre as duas siglas e seus governos em questões como as privatizações, a dívida pública do Estado e as políticas sociais. "Não vamos fazer ataques pessoais. Vamos mostrar o que foram nossos governos. Sartori não se contrapôs a ninguém no primeiro turno", disse. O PT gaúcho deve ainda procurar vincular seu governo ao da presidenta Dilma Rousseff.

      Sobre um possível erro de calibragem, que teria direcionado as críticas exclusivamente para Ana Amélia Lemos, enquanto Sartori avançava, Tarso disse ser imprevisível tal resultado. Para ele, não havia como saber que a progressista não conseguiria responder as críticas que recebeu no primeiro turno. O petista avaliou ainda como um fluxo tradicional de mudança o que ocorre na atual eleição. Segundo ele, o eleitor gaúcho costuma achar que a mudança é sempre a melhor opção para o Estado. O desafio é provar o contrário.

      Pesquisas

      Sobre as pesquisas de intenção de voto, que indicavam resultado diferente daquele apontado na urna, Tarso se disse favorável a sua divulgação, independente das falhas. Ser contrário, seria censura, na opinião do candidato. Ainda segundo ele, o eleitor está aprendendo a relativizar as pesquisas. O resultado do pleito se mostrou diferente daquele apontado nas pesquisas, principalmente do levantamento boca de urna, que deixava Tarso mais de 6 pontos percentuais à frente de Sartori. O mesmo ocorreu no Senado. A pesquisa boca de urna deu 6 pontos percentuais de vantagem para Olívio Dutra, que acabou derrotado por Lasier Martins por aproximadamente dois pontos percentuais.

      Tarso avaliou que as manifestações de junho de 2013 tiveram pouquíssima repercussão nas eleições deste ano. Ele citou como exemplo a vitória de Geraldo Alckmin no primeiro turno em São Paulo. Para o candidato, as manifestações apontaram demandas não atendidas pelos políticos, mas não se refletiram nas eleições.

      Mensagem à militância

      Ao final da coletiva de imprensa, os candidatos se dirigiram à militância, que aguardava em frente ao comitê. Inicialmente sem microfone, a multidão repetia cada frase de Tarso para que aqueles mais afastados soubessem o que dizia o candidato. O petista declarou confiar nos apoiadores e prometeu uma nova virada. Olívio também se dirigiu à multidão: “Nós, que não somos militantes de ocasião, vamos prosseguir”, disse ele em tom de agradecimento.

      Jordana Becker era uma das militantes inconformadas com a derrota do candidato ao Senado. “Olívio é a pessoa que nos consola, que nos incentiva a seguir na luta”, disse ela, em frente ao comitê central do partido, onde se encerrou a primeira parte da eleição com uma convocação do presidente do PT gaúcho, Ary Vanazzi, para que a militância volte ao trabalho na segunda-feira (6) com uma plenária às 18h30, na Igreja Pompéia.

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