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Tempo de tevê será desafio para Aécio

Avaliação de Josias de Souza, da Folha/UOL, é que desta vez, além de ter de lidar com um problema velho (a falta de unidade no PSDB), o presidenciável tucano tem de enfrentar "as dificuldades para montar uma coligação partidária competitiva"; partidos que antes eram tidos como parceiros certos, como DEM e PPS, este ano flertam com Eduardo Campos

Tempo de tevê será desafio para Aécio (Foto: Thiago Chaves/Frame)
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Minas 247 - Neste ano, além de ter que lidar com a falta de unidade no PSDB, um "problema velho", na avaliação do colunista político Josias de Souza, o presidenciável tucano Aécio Neves terá de enfrentar "as dificuldades para montar uma coligação partidária competitiva". Partidos que antes eram tidos parceiros certos, como DEM e PPS, hoje flertam com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, do PSB. Leia abaixo a análise publicada no Blog do Josias:

Aécio tem dificuldades para obter tempo de tevê - Josias de Souza

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Além de lidar com um problema velho – a falta de unidade do PSDB — o presidenciável tucano Aécio Neves depara-se com um desafio novo: as dificuldades para montar uma coligação partidária competitiva. Nesse jogo, os partidos importam pouco, quase nada. O que conta é o tempo de propaganda de cada um.

Mesmo envolvendo a máquina de Minas Gerais nas suas articulações, Aécio não é páreo para Dilma Rousseff, que monta seu palanque em plena Esplanada dos Ministérios. Para complicar, a oposição enfrenta agora a concorrência de um governista dissidente, o governador pernambucano Eduardo Campos (PSB).

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Nos últimos anos, sempre que tratavam de alianças eleitorais, os tucanos enchiam o peito como uma segunda barriga para anunciar, antes de qualquer negociação, que dispunham de dois parceiros automáticos. Hoje, o DEM (46 segundos) e o PPS (15 segundos) ameaçam tomar outro rumo. Ambos flertam com Eduardo Campos.

Sem ministérios a oferecer, Aécio inclui na sua equação o governo de Minas Gerais. No lance mais ousado, insinua nos subterrâneos que pode apoiar um nome do PP (1 minuto e 19 segundos) para a sucessão do afilhado político Antonio Anastasia. Chama-se Alberto Pinto Coelho. É o atual vice-governador de Minas.

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O PP mineiro solta fogos com a pespectiva de o filiado Alberto Pinto obter o patrocínio de Aécio. Porém, a maioria do PP federal pende para Dilma, não para Aécio. O partido ocupa a pasta das Cidades –um dos ministérios politicamente mais rentávei$ da Esplanada.

Sobrinho de Tancredo Neves e primo de Aécio, o senador Francisco Dornelles (RJ) deixará a presidência do PP em 11 de abril –um pouco por enfado, um pouco para evitar o constrangimento de não entregar a legenda ao parente. Assumirá o comando do PP o senador Ciro Nogueira (PI).

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Ciro é muito amigo de Aécio. Mas o acerto com o PSDB não depende de sua vontade. Na sucessão de 2010, o PP escalou o muro. Não entregou seu tempo de tevê nem a Dilma nem ao tucano José Serra. Nos Estados, liberou os diretórios. No plano nacional, manteve-se neutro.

O PP chegou à neutralidade graças a uma esperteza de Dornelles. Presidente do partido já nessa época, o primo de Aécio se absteve de convocar a convenção para escolher um candidato. Passada a eleição, o PP ganhou a pasta das Cidades. Hoje, ainda que quisesse, Ciro teria dificuldades para evitar o casamento formal com Dilma.

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Há outras legendas com o tempo de propaganda exposto sobre o balcão. O PDT (44 segundos) acaba de se reposicionar na pasta do Trabalho e flerta com Eduardo Campos, que cogita oferecer-lhe a posição de vice. O PR (1 minuto e 10 segundos) reúne-se com Dilma nesta semana para tentar reaver o Ministério dos Transportes.

O PTB (38 segundos), que fechara com José Serra em 2010, hoje divide-se entre Dilma e Eduardo Campos. Nesta terça, a presidente exibirá seu mostruário de cargos aos líderes do partido no Senado, Gim Argello (DF); e na Câmara, Jovair Arantes (GO). O governador Pernambucano prefere tricotar com Roberto Jefferson, presidente licenciado e dono da maioria dos votos da convenção que decidirá sobre 2014. Há também o PSD (1 minuto e 39 segundos), cujo presidente, Gilberto Kassab, pende para Dilma sem descartar Eduardo.

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Ou seja: até onde a vista alcança, Aécio Neves não dispõe, por ora, senão da vitrine televisiva do próprio PSDB (1 minuto e 43 segundos). Quanto a Dilma, no cenário mais pessimista, terá em torno de dez minutos. No otimista, mais de 12. Será uma competição desigual.

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