Thomaz Bastos pode fazer Cachoeira se calar na CPI
Depoimento está marcado para a terça-feira 15, mas a defesa tenta também adiá-lo; na noite de sexta-feira 11, a Justiça do Distrito Federal decretou uma nova prisão para o líder da quadrilha; na última semana, CPI do Cachoeira ouviu a portas fechadas delegados da Polícia Federal
Débora Zampier, da Agência Brasil – A defesa do empresário Carlos Augusto Ramos, comandada pelo advogado Marcio Thomaz Bastos, entrou com uma ação ontem no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar adiar o depoimento do bicheiro na CPI que apura sua relação com parlamentares e agentes públicos. No habeas corpus, a defesa sugere que, caso o empresário não tenha acesso às provas, ele pode adotar a tática do silêncio.
“Para decidir se fala ou se cala, ele precisa antes saber o que há a seu respeito”, destaca trecho da ação. Os advogados prosseguem alegando que “caso decida silenciar, [Cachoeira] perderá valiosa oportunidade não só de desconstruir as suspeitas que pesam sobre seus ombros, mas também de esclarecer fatos que tanto rumor têm causado”.
O habeas corpus pretende anular decisão do presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), que convocou Cachoeira a depor no próximo dia 15, negando acesso da defesa às provas e informações colhidas na CPI.
Os advogados contestam o fato de a defesa de Cachoeira estar sendo cerceada, já que ele não pode avaliar as provas que os parlamentares usarão para interrogá-lo, inclusive as colhidas nas operações Vegas e Monte Carlo. O relator do habeas corpus é o ministro Celso de Mello.
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