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Torre e Estre disputam lixo de Aracaju

Torre apresentou proposta de R$ 65 milhões, enquanto a Estre propôs R$ 82 milhões; ainda assim, no último domingo, a Torre ingressou com um mandado de segurança pedindo a anulação do processo, por considerar que a concorrência pública foi tão restritiva que apenas dois concorrentes, que já atuam em Sergipe, participaram; julgamento das propostas apresentadas na licitação acontecerá no dia 20 deste mês, sendo que depois disso serão abertos os envelopes de habilitação

Torre apresentou proposta de R$ 65 milhões, enquanto a Estre propôs R$ 82 milhões; ainda assim, no último domingo, a Torre ingressou com um mandado de segurança pedindo a anulação do processo, por considerar que a concorrência pública foi tão restritiva que apenas dois concorrentes, que já atuam em Sergipe, participaram; julgamento das propostas apresentadas na licitação acontecerá no dia 20 deste mês, sendo que depois disso serão abertos os envelopes de habilitação (Foto: Valter Lima)
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Max Augusto, do Jornal da Cidade - As empresas 'Torre Empreendimentos' e 'Estre Ambiental' estão disputando a licitação para a escolha do aterro sanitário que receberá o lixo produzido na capital sergipana. A Torre apresentou uma proposta de R$ 65 milhões, enquanto sua concorrente, a Estre, propôs R$ 82 milhões. Ainda assim, no último domingo a Torre ingressou com um mandado de segurança pedindo a anulação do processo. O julgamento das propostas apresentadas na licitação acontecerá no dia 20 deste mês, sendo que depois disso serão abertos os envelopes de habilitação.

A Torre considerou que a concorrência pública foi tão restritiva que apenas dois concorrentes, que já atuam em Sergipe, apresentaram propostas. Apesar de não conseguir suspender o processo com a ação julgada em Primeiro Grau, a empresa já recorreu ao Tribunal de Justiça, mas a desembargadora responsável ainda não proferiu decisão, optando por ouvir os réus.

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Com o fechamento do antigo lixão do Santa Maria, o aterro da Estre vem recebendo os resíduos produzidos na capital, lastreado em um contato emergencial. A Emsurb publicou então o Edital de Concorrência Pública (CP) 01/2013, para contratação de empresa especializada no serviço de destinação final de resíduos sólidos urbanos.

Irregularidades

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No texto da ação, os advogados da Torre afirmam que detectaram algumas irregularidades no edital, entre elas a previsão de um contrato de 60 meses – quando a lei 8.666/93 e várias orientações do Tribunal de Contas da União (TCU) e doutrinadores determinam que sejam estabelecidos contratos de 12 meses, prorrogáveis por iguais e sucessivos períodos, até 60 meses (justificando as prorrogações com a comprovação da vantagem de preço obtida neste ato).

A Torre alega ainda que o prazo de 60 meses ultrapassa o Plano Orçamentário Plurianual, que é de 48 meses, e também afirma que existe um outro aterro sanitário sendo construído – o que seria mais um motivo para que o contrato tivesse a vigência de 12 meses, com possível prorrogação.

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Favorecimento

Outro trecho do edital poderia indicar um possível favorecimento, já que se exige a apresentação da Licença de Operação do aterro em nome da licitante. Como hoje só existe uma empresa no Estado com o documento, a Torre avalia que isso vai de encontro à legislação, que não permite exigência de propriedade, impedindo outras empresas do ramo a participarem da licitação.

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Nova lei

Entre os questionamentos apresentados, a Torre alega ainda que a lei 12.305/10, que a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que entra em vigor em agosto deste ano, não foi seguida em nenhum momento. A lei, segundo a Torre, determina que a produção dos resíduos seja reduzida, através de campanhas educacionais; especifica que a compostagem de resíduos orgânicos deve ser feita e que outra parte do material deve ser encaminhada para reciclagem, sendo aterrado apenas o que for considerado rejeito. A empresa alega que o Edital publicado não específica isso, o que pode gerar o aterramento de todos os resíduos – tendo como consequência uma série de restrições, inclusive o corte de recursos federais.

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Irregularidade

Além de tudo isso a concorrente que ofereceu o menor valor no pregão afirmou ainda que o Ministério Público Federal (MPF) está investigando uma possível irregularidade no licenciamento da Unidade de transbordo da Estre, no município de Nossa Senhora do Socorro.

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O MPF já tem em mãos um documento enviado pelo Comar 2, de Recife, informando que o empreendimento não tem autorização do órgão para sua instalação, ferindo assim a legislação vigente. Outros problemas seriam a não realização de Estudo de Impacto Ambiental, falta de Relatório de Impacto do Meio Ambiente (EIA/RIMA) e audiência pública para sua instalação (mesmo com a Prefeitura de Aracaju pedindo a realização do mesmo).

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