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      Trabalhadores da construção civil encerram greve

      Categoria encerra greve que durou 18 dias após acordo de reajuste salarial de 9% e fornecimento de ticket alimentação no valor de R$ 70; trabalhadores temem que empresas descontem dias de paralisação; caso fato de confirme, trabalhadores voltarão a protestar; segundo dados do sindicato dos trabalhadores, no auge da greve mais de 90% dos funcionários aderiram a paralisação - isso refletiu em quase 15 mil operários de 'braços cruzados'

      Trabalhadores da construção civil encerram greve
      Valter Lima avatar
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      Milton Alves Júnior, do Jornal do Dia - Em greve há 18 dias, trabalhadores da construção civil do estado de Sergipe entraram em acordo com o setor patronal e decidiram retornar ao trabalho a partir da próxima segunda-feira (3). Após uma reunião realizada na tarde de ontem entre representantes do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil em Sergipe (Sintracon), do Sindicato da Indústria da Construção Civil em Sergipe (Sinduscon), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), ficou decidido que as empresas irão conceder um reajuste salarial de 9% e um ticket alimentação no valor de R$ 70.

      Ainda ontem, reunidos na praça Olímpio Campos, aproximadamente mil operários promoveram mais uma mobilização por ruas e avenidas do centro de Aracaju com o propósito de exigir agilidade na oficialização do acordo. Segundo o deputado estadual João Daniel (PT), o sucesso do pleito só foi possível devido a persistência e união da categoria. "Foi uma grande conquista e isso se viu no ânimo dos trabalhadores", disse. Durante a reunião interna, dezenas de operários aguardavam ansiosos para saber os resultados do debate.

      Satisfeito com o resultado parcial das manifestações, o carpinteiro Thiago Santana disse torcer para que os dias de greve não sejam descontados pelas construtoras. Para ele, no Brasil todos possuem o direito de realizar atos públicos em busca de melhorias para os trabalhadores. "Apesar de os empresários terem aceitado o reajuste, está rolando um boato de que eles vão descontar os dias que estávamos participando da paralisação. Isso é uma tremenda falta de respeito com o trabalhador que todos os anos percebe as empresas lucrando cada vez mais, e nós servidores cada vez menos valorizados", lamentou.

      Ciente dessa denúncia, a direção do Sintracon garantiu que até o momento não foi notificado quanto a essa medida, mas que vai apurar, e caso seja verídica, vai solicitar uma nova assembleia extraordinária a fim de saber dos trabalhadores qual a opinião deles. 

      Já de acordo com o Sindicato da Indústria da Construção Civil, até o final da tarde de ontem esse assunto ainda não havia sido discutido pela direção. Caso os empresários de fato exijam que o desconto seja realizado, uma nota oficial será emitida aos meios de comunicação e Sintracon, informando a decisão. Segundo dados do sindicato dos trabalhadores, no auge da greve mais de 90% dos funcionários aderiram a paralisação. Isso refletiu em quase 15 mil operários de 'braços cruzados'.

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