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Trabalhadores de saúde protestam neste domingo; país tem maior taxa de mortes entre profissionais de saúde no mundo

Trabalhadores de saúde sairão neste domingo (21) para protestos simbólicos em todo o país. Brasil é o país que tem a maior taxa de mortes entre profissionais de saúde

Ato de profissionais da saúde em homenagem a colegas mortos pela Covid-19 em Manaus (AM) 16/05/2020 (Foto: REUTERS/Bruno Kelly)
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Neste domingo (21) às 10h, profissionais de saúde de todo o país realizarão uma série de atos simbólicos sobre a atual crise sanitária vivida frente à pandemia da covid-19.

Além do Brasil ser o segundo em número de casos e de mortes no mundo, é o país com maior número de mortes de médicas e médicos (ao todo 139) e de enfermeiras e enfermeiros (ao todo 190) pela doença, segundo o Sindicato dos Médicos de São Paulo (SIMESP) e o Conselho Federal de Enfermagem (COFEN).

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Mesmo com as dificuldades de acesso aos dados e prováveis subnotificações, o Brasil é o país do mundo com maior mortalidade de trabalhadoras e trabalhadores da saúde devido à pandemia.

"Os profissionais de saúde tem que estar bem, tem que estar vivos para conseguir dar uma resposta no enfrentamento ao coronavírus", afirmou Rodrigo Diniz, médico de Saúde da Família no Recife e militante da Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares

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O ato questiona também a morte de milhares de pessoas por covid-19, por entender que esses óbitos seriam evitáveis. A convocatória dos protestos considera que o Governo Federal não contribui para evitar os casos e, mais do que isso, tem uma posição genocida.

Os ultimos dados indicam a morte de 48.427 pessoas em razão da covid-19 no período de 4 meses.

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"Esse ato é organizado por pessoas da área de saúde, mas se tem outras pessoas que queiram se somar nessa luta em defesa aos trabalhadores e trabalhadoras e em defesa do SUS, podem compartilhar as nossas fotos nas redes sociais, se conhecerem algum profissional de saúde pode convidar para participar, fazer vídeos apoiando a nossa causa, nos apoiando nas redes”, afirmou o médico, que completa “mesmo em casa, em isolamento domiciliar, tem como fazer parte da movimentação".

Diante disso, manifestações ou atos simbólicos de homenagem e respeito aos pacientes e profissionais de saúde que morreram na pandemia estão programados em Brasília (DF), Fortaleza (CE), Recife (PE), Caruaru (PE), São Paulo (SP) Ilhabela (SP), Campinas(SP), Cuiabá (MT), Petrolina (PE), Juazeiro do Norte (CE), Maceió (AL), Aracaju  (SE).

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Em algumas cidades, as mobilizações serão focadas nas redes sociais de forma simultânea aos atos simbólicos presenciais, como em Salvador (BA), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), João Pessoa (PB), Florianópolis (SC), Porto Alegre (RS), Campo Grande (MS), Belém (PA), Londrina (PR), Pacaraima (RR), Canindé (CE) e Curitiba (PR).

O ato está sendo organizado pela Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares (RNMP), a Associação Brasileira de Médicas e Médicos pela Democracia (ABMMD), a Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE), a Federação Nacional dos Psicólogos (FENAPSI), a Federação Nacional dos Nutricionistas (FNN), a União Nacional dos Auditores do SUS (UNASUS) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores da Seguridade Social (CNTSS). 

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Em um manifesto, as organizações declararam as motivações para o ato. Leia na íntegra:

“Além da homenagem a essas milhares de vítimas também nos manifestamos:  

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1 – Em solidariedade às famílias, amigos e colegas de profissionais de saúde que morreram por COVID-19; 

2- Para alertar que a maior parte das mortes por COVID-19 em nosso país são evitáveis, caso o Governo Federal não tivesse uma posição genocida frente à pandemia;  

3- Contra a intervenção militar do Ministério da Saúde, que vem comprometendo sobremaneira o trabalho técnico frente à pandemia; 

4 – Contra as declarações do presidente da República, hostis aos profissionais de saúde, incentivando agressões a trabalhadores de saúde em seu ambiente de trabalho;  

5 – Contra o silêncio e cumplicidade das entidades médicas, especialmente o Conselho Federal de Medicina (CFM), a Associação Médica Brasileira (AMB) e a Federação Nacional dos Médicos (FENAM), frente às posições do Governo Federal. Além disto, nem mesmo nos sítios eletrônicos dessas entidades conseguimos saber quantos e quais os colegas médicos perderam a vida;  

6- Por segurança no ambiente de trabalho dos profissionais de saúde. Demandamos mais Equipamentos de Proteção individual (EPI), e a reorganização de processos de trabalho, por gestores na saúde pública e empresas de saúde, que possibilitem menores impactos da exposição à doença ou ao stress produzido pela pandemia; 

7- Pelo apoio a Campanha Leitos Únicos - Vidas Únicas, que garanta para toda a população fila única de acesso às UTI a partir do SUS, tanto nos serviços públicos como na saúde suplementar;

7- Pelo apoio a Campanha Leitos Únicos - Vidas Únicas, que garanta para toda a população fila única de acesso às UTI a partir do SUS, tanto nos serviços públicos como na saúde suplementar; 

8- Pelo aporte adequado de financiamento do Sistema Único de Saúde. Pela supressão da Emenda Constitucional 95 (EC- 95), que congela gastos em saúde pública por 20 anos. O SUS salva vidas !!!  

9-Vidas Negras Importam – total solidariedade à população negra de nosso país, maioria do povo brasileiro, minoria nos espaços de representação institucional e que vem sofrendo especialmente junto às áreas de maior vulnerabilidade social os impactos da pandemia em curso; 

10- Contra a Portaria MEC nº 544, de 17 de junho de 2020, que estabelece a possibilidade da realização de estágios curriculares dos cursos da área de saúde em caráter on line e de forma remota. Além do descaso com as medidas de saúde pública, o Governo Federal vem reforçando seu descaso também com a educação de qualidade e com a formação dos profissionais da área da saúde com mais um ataque; 

11- Contra a perseguição de quadros técnicos do Ministério da Saúde, frente às denúncias que vem sendo vigiados nas redes sociais e na vida privada após a intervenção militar em curso do Ministério da Saúde, remontando práticas dos tempos de arbítrio que o país viveu em períodos ditatoriais.”

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