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Trabalhadores defendem lotar Praça da Matriz contra pacote de Sartori

A assembleia do Sindicato dos Empregados em Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas e de Fundações Estaduais do Rio Grande do Sul (Semapi) aprovou “mobilização total” na Praça da Matriz, na Capital, e paralisações nos dias de votação do pacote do governo José Ivo Sartori (PMDB), que deve ocorrer na próxima semana; entre os projetos que devem ser votados pela Assembleia Legislativa estão os de extinção de nove fundações, parte delas vinculadas ao Semapi

A assembleia do Sindicato dos Empregados em Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas e de Fundações Estaduais do Rio Grande do Sul (Semapi) aprovou “mobilização total” na Praça da Matriz, na Capital, e paralisações nos dias de votação do pacote do governo José Ivo Sartori (PMDB), que deve ocorrer na próxima semana; entre os projetos que devem ser votados pela Assembleia Legislativa estão os de extinção de nove fundações, parte delas vinculadas ao Semapi (Foto: Leonardo Lucena)

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Sul 21 - Realizada no final da manhã desta terça-feira (13), a assembleia do Sindicato dos Empregados em Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas e de Fundações Estaduais do Rio Grande do Sul (Semapi) aprovou “mobilização total” na Praça da Matriz, na Capital, e paralisações nos dias de votação do pacote do governo José Ivo Sartori (PMDB), que deve ocorrer na próxima semana. Entre os projetos que devem ser votados pela Assembleia Legislativa estão os de extinção de nove fundações, parte delas vinculadas ao Semapi. À tarde, os funcionários participam da assembleia unificada dos servidores que ocorre no Lago Glênio Peres.

Durante a assembleia do Semapi, funcionários da Fundação Zoobotânica (FZB), Fundação para o Desenvolvimento de Recursos Humanos (FDRH), Fundação de Ciência e Tecnologia (Cientec), da Metroplan e da Fundação de Economia e Estatística (FEE) fizeram manifestações, apresentando sugestões com o fim de pressionar deputados e barrar o pacote.

Antes, porém, o assessor jurídico do sindica Décio Caye fez uma exposição sobre as questões jurídicas que envolvem as demissões dos funcionários de fundações contratados pela CLT. Os trabalhadores, na opinião do advogado,  devem ser considerados “estáveis no serviço público”, uma vez que os cargos foram criados por lei, bem como sua remuneração, podendo acionar o Estado na Justiça para garantir seus direitos. Na discussão das formas de mobilização, a diretora do Semapi Maria Helena de Oliveira, que conduziu a assembleia, frisou que “nós estamos num campo de guerra e temos de ver quais nossas armas.”

Boa parte dos funcionários das fundações defendeu maior número de trabalhadores na Praça da Matriz. “Acho que não é o momento de ficarmos dentro da instituição, dentro da fundação nós vamos morrer abraçados”, alertou um funcionário da FEE, acrescentando que deve ser priorizado só o trabalho que for essencial, que é o que os funcionários da FZB estão fazendo. Em nome da FDRH, Job Osório pediu solidariedade a todas as categorias, já que algumas não estariam presentes na assembleia do Semapi. “A maior mobilização que pode acontecer é botar povo na rua. Nós estamos num cenário extremamente adverso”, conclamou o trabalhador, alertando que, no futuro, o governo deve promover a extinção de mais instituições públicas caso tenha sucesso neste pacote. “Fiquem alerta: onde passa um boi, passa uma boiada”, ressaltou Osório. Comparada às demais fundações, ele afirmou que a FDRH é “vulnerável.” “Nós trabalhamos para dentro do Estado, a sociedade não nos enxerga”, explicou ele.

Presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Rio Grande do Sul, Claudir Nespolo destacou que é “um período difícil” para os trabalhadores em relação às consequências do pacote do governo Sartori. “O jogo é pesadíssimo”, afirmou ele. Com a extinção das fundações, conforme ele, as pesquisas passarão à iniciativa privada. “Tem um conjunto de ações em curso, agora nada substitui a rua. Saía do Facebook e venha para a rua!”, convocou Nespolo. Depois da aprovação das sugestões, a diretora do Semapi pregou que o compromisso é de “mobilização massiva.” “Não é possível ficar trabalhando nas instituições, é a vida da gente”, alertou ela, sobre os dias de votações e as consequências do pacote do governo para as fundações e trabalhadores.

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