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      Transplantes. Preservação de órgãos através da criopreservação

      Já  sabemos «congelar» células, gametas, óvulos, sangue. O objetivo agora é preservar tecidos complexos e até mesmo órgãos para transplante através da criopreservação

      Transplantes. Preservação de órgãos através da criopreservação
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      Por: Jean-Luc Nothias – Le Figaro Santé

       

      Aos poucos, as pesquisas para o “congelamento” seguro de órgãos e tecidos humanos avançam . Essa tecnologia permitirá, por exemplo, a prolongação da vida útil de um enxerto. Pesquisadores da Universidade Estadual do Oregon EUA) anunciaram ter desenvolvido um protocolo para otimizar o processo de vitrificação de tecidos complexos e de órgãos (trabalhos publicados na revista Plos One).

      A criopreservação de células, espermatozóides, óvulos, amostras de sangue, etc, constitui uma técnica muito eficaz e fácil de implementar desde que sejam respeitados certos protocolos. Os inimigos dessa técnica são os cristais de gelo, dentro e fora das células, assim como a desidratação que podem causar danos durante as fases de congelamento ou descongelamento. Para reduzir os riscos, é preciso utilizar crioprotetores. Estes anti-congelantes evitam a formação de cristais de gelo. A preservação a longo prazo é melhor, e por isso a temperatura do congelamento é baixa. Ela deve ser imperativamente inferior a 70 graus centígrados negativos. De modo ideal, a preservação a longo prazo para células que se mantenham viáveis deve ser realizada a 196 graus centígrados negativos, a temperatura do azoto líquido.

      Avaliar a toxicidade

      Para órgãos como o rim, por exemplo, a vitrificação é mais delicada. É, portanto necessário encontrar boas velocidades de resfriamento e boas concentrações de criopreservantes (levando-se em conta que alguns deles são tóxicos). É onde a equipe do cientista Adam Higgins intervém. Ele desenvolveu um modelo matemático para simular o processo de resfriamento em diferentes configurações, e identificar a melhor maneira de fazê-lo. «O maior problema e fator limitante, explica o pesquisador, é a toxicidade do crioprotetor. O simulador permite identificar os menos tóxicos, abrindo o caminho para a vitrificação de tecidos complexos e órgãos». Na verdade, passamos de 10 % de células sobreviventes no processo de  vitrificação, para cerca de 80 %.

      Trata-se de uma técnica, que tiver confirmadas todas as suas promessas, poderá ser muito útil na área dos transplantes. No momento atual,  em que a medicina regenerativa está fazendo grandes avanços, não é impossível imaginar que em um futuro nem tão distante, órgãos regenerados a partir de células troncos possam esperar, em estado de criopreservação,  até se tornarem necessários.

       

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