Transporte: MP inspeciona operação do Ganha Tempo
Promotor de Justiça Murilo de Morais e Miranda, da área de defesa do consumidor, constatou que a integração eletrônica foi efetiva em Goiânia nesta segunda-feira (10), primeiro dia de validade do sistema; com o novo programa, usuário pode fazer a integração em qualquer ponto, parada ou terminal (são cerca de 4,5 mil) dentro do período de duas horas e meia pagando apenas uma tarifa; as informações coletadas serão utilizadas em relatório que vai instruir três investigações relativas ao aumento da tarifa do transporte coletivo na região metropolitana
MP-GO_ O promotor de Justiça Murilo de Morais e Miranda, da área de defesa do consumidor em Goiânia, realizou nesta segunda-feira (10) inspeção pessoal em alguns terminais e linhas do transporte coletivo na região metropolitana de Goiânia, visando instruir três inquéritos civis públicos instaurados em relação ao serviço. O objetivo da fiscalização, explica o promotor, foi o de verificar a infraestrutura de alguns terminais, bem como o funcionamento do novo sistema de integração eletrônica, o programa Ganha Tempo, que entrou em operação nesta segunda-feira.
Com o novo programa, o usuário poderá fazer a integração em qualquer ponto, parada ou terminal do sistema (são cerca de 4,5 mil) dentro do período de duas horas e meia, pagando apenas uma tarifa. Antes essa integração só era possível nos terminais, o que limitava a conexão do serviço a 16 locais da cidade. A constatação de Murilo Miranda é que a nova sistemática funcionou corretamente neste primeiro dia.
As informações coletadas pelo promotor e as fotos serão utilizadas na elaboração de um relatório que vai instruir as três investigações. Durante todo o trajeto percorrido, Murilo Miranda fez anotações sobre tempo de percurso (com anotações de horário), lotação dos veículos e a situação dos terminais visitados – foram quatro, ao todo. Na sua avaliação, as piores condições, de longe, foram constatadas no Terminal Padre Pelágio, que ele comparou a um “grande camelódromo”, no qual o usuário não é prioridade. Uma das constatações favoráveis foi sobre a frequência de ônibus no Eixo Anhanguera.
Passo a passo
A inspeção do promotor teve início às 6h50, no terminal de Senador Canedo, onde ele tomou o primeiro ônibus, às 7h12, para efetuar a fiscalização. Sobre as condições do terminal na cidade da região metropolitana, Murilo Miranda salienta que, no geral, elas são boas, destacando a organização das filas. O único problema detectado no local, observou, foi o alerta feito por um funcionário da fiscalização de que não poderia fazer fotos com celular sem autorização, o que seria determinação das prefeituras de Goiânia e de Senador Canedo.
O ônibus tomado seguiu em direção ao Terminal da Praça da Bíblia, onde chegou às 8h01. No local, o promotor verificou problemas nos banheiros e a ocupação indevida do espaço destinado ao usuário por barracas de comércio ambulante.
Às 8h23, ele pegou um ônibus do Eixo Anhanguera em direção ao Terminal Praça A, tendo começado a viagem em pé. Depois de três minutos do trajeto, relatou, surgiu uma vaga. O veículo parou no terminal às 8h38.
De lá, o promotor tomou um ônibus para o Terminal Padre Pelágio, onde chegou às 9h10. No local, ele fiscalizou os banheiros, que encontrou imundos. “É a mesma realidade que detectei há mais de dois anos, quando estive no local”, ponderou.
Com o fim do prazo de duas horas e meia para a integração eletrônica, o promotor fez a integração física no terminal e pegou um ônibus até a estação da Iquego, onde desceu e circulou pela região até as 9h51, quando pagou nova passagem e pegou outro ônibus ainda no Eixo Anhanguera. Às 10h14, o promotor desceu no ponto próximo ao Jóquei Clube, onde se informou sobre qual linha poderia pegar em direção ao Jardim Goiás, para a sede do Ministério Público. Com a orientação de usuários, foi aconselhado a tomar um veículo em um ponto em frente ao Teatro Goiânia, da linha Aruanã 2. Murilo subiu neste ônibus às 10h35 e chegou à parada próxima ao MP às 10h48.
Novas inspeções
Embora já esteja preparando o relatório para os inquéritos, o promotor pretende coletar mais informações, a partir de fiscalizações a serem feitas por servidores do MP. (Texto: Ana Cristina Arruda – Fotos: João Sérgio/Assessoria de Comunicação Social do MP-GO)
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