Tucano acusa governo de negligência a temporais
Líder da oposição, Antônio Imbassahy, cita como exemplo a tragédia ocorrida em Lajedinho, na Chapada Diamantina, no sábado; temporal destruiu 80% da cidade; saldo foi de 17 mortos e mais de 800 pessoas desabrigadas; "A negligência, a falta de atenção e a incompetência do governo possibilitam a ocorrências desses acidentes. O governo dispõe de verbas no orçamento, mas não aplica estes recursos. Reconstruir cidades após uma situação como a de Lajedinho sai muito mais caro, sem contar as vidas que se perdem"
Bahia 247 - Para o líder da minoria no Congresso, deputado Antônio Imbassahy, do PSDB, as medidas adotadas pelo governo para evitar as consequências das fortes chuvas de verão estão "muito aquém" do necessário.
Tucano cita como exemplo a chuva que castiga o Rio de Janeiro desde o início da semana e a tragédia ocorrida em Lajedinho, na Chapada Diamantina (Bahia), no último sábado. Temporal destruiu 80% da cidade, conforme a Defesa Civil. Saldo foi de 17 mortos e mais de 800 pessoas desabrigadas.
"A negligência, a falta de atenção e a incompetência do governo possibilitam a ocorrências desses acidentes. O governo dispõe de verbas no orçamento, mas não aplica estes recursos. Reconstruir cidades após uma situação como a de Lajedinho sai muito mais caro, sem contar as vidas que se perdem", diz Imbassahy.
Ele se mostrou indignado em discurso na Câmara com base em matéria do jornal Correio Braziliense, na segunda-feira (9), que diz que só metade do orçamento foi utilizado pelo governo para combater os chamados desastres naturais.
Os seis ministérios com verbas para conter tais problemas (Integração Nacional, Cidades, Defesa, Ciência e Tecnologia, Minas e Energia e Meio Ambiente) tinham R$ 5,2 bilhões este ano para atuar em ações de contenção de encostas, sistemas de drenagem urbana e manejo de águas pluviais e desassoreamento e recuperação de bacias. No entanto, gastaram somente 51% do total, cerca de R$ 2,7 bilhões.
Para Imbassahy, isso mostra que o governo "não tem o devido interesse no assunto e desrespeita" a vida humana. "Se houvesse a devida aplicação dos recursos conforme previsto no orçamento, não teríamos tanta gente hoje em desespero e famílias com tanto sofrimento como ocorreu em Lajedinho".
O tucano ressaltou que alguns dos projetos do governo previstos no orçamento deste ano "sequer saíram do papel", como o Plano Nacional de Gestão de Risco e Alertas de Desastres Naturais, lançado em 2012, que previa metas como instalação de nove radares meteorológicos do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden). Apenas um foi colocado em Natal, Rio Grande do Norte. Os outros ficaram para 2014, "caso efetivamente saiam do papel".
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