Tucanos teriam doado terra para sede da 'Máfia do Asfalto'

247 - O Ministério Público Estadual abriu dois inquéritos civis contra o deputado Carlão Pignatari (PSDB) e o prefeito de Votuporanga (SP), Júnior Marão (PSDB), para investigar uma desapropriação de terra que foi doada para a empreiteira Demop Participações. A empresa é apontada como chefe de organização criminosa que teria fraudado licitações de R$ 1 bilhão com emendas parlamentares em 78 municípios

Segundo informações do Estadão, em 31 de outubro de 2008, a gestão teria pago R$ 500 mil por imóvel da empresa Comercial Agrícola Converd e Prestação de Serviços, às margens da Rodovia Péricles Belini. Em 16 de julho de 2009, a administração de Marão, sucessor e aliado de Pignatari, entregou a área, por doação, à Demop, que no local instalou sua sede.

A suspeita é que Carlão seria o verdadeiro proprietário da Demop.

Chefe da quadrilha usou gabinete do n° 2 de Alckmin

Investigações da Polícia Federal apontam que o empresário Olívio Scamatti, acusado formalmente de ser o chefe da chamada "Máfia do Asfalto", usou o gabinete do então deputado federal e atual secretário da Casa Civil do governo de São Paulo, Edson Aparecido (PSDB), em transações.

No grampo da PF na Operação Fratelli, Scamatti aparece pedindo a uma interlocutora, chamada Rosângela, que buscasse documentos de uma das empresas do Grupo no gabinete do tucano, para cadastrar a empreiteira em um programa do Ministério das Cidades. Ele planejava começar a construir casas populares financiadas pela Caixa Econômica Federal.