“Tudo tem limite”
O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, deputado Marcelo Nilo, vai convocar os colegas de parlamento para tentar estabelecer tempo máximo de quatro dias na Casa para ocupação de grevistas; paralisação dos professores da rede estadual já dura 105 dias e Nilo quer evitar que episódio se repita com outras categorias
Bahia 247
Os parlamentares que voltarão de férias no próximo dia 1º de agosto devem se reunir imediatamente com o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, deputado Marcelo Nilo (PDT). O líder do Legislativo baiano pretende discutir uma maneira para tentar inibir ocupações prolongadas na "Casa do Povo". Nilo quer porque quer convencer os outros parlamentares a aprovar um projeto de Resolução que estabeleça limites, como três ou quatro dias no máximo.
"Essa casa é do povo, afinal somos delegados e representantes do povo. Recebi todos os movimentos sociais na Bahia, negros, sem terra, índio. Agora tudo tem limite. Não é possível que fiquem aqui mais de 100 dias na Assembleia Legislativa. Todo mundo vem pra assembleia porque tem visibilidade perante a mídia, perante a sociedade, mas tudo tem limite. Eu tenho responsabilidade com meus servidores com a sociedade. A minha ideia é que isso seja limitado. A Casa tem suas funções", disse em entrevista à rádio Metrópole na manhã desta terça-feira (24).
Na oportunidade, Nilo falou sobre as negociações com os professores. "Tudo que eu pedi ele atendeu, exceto quando pedi para desocupar. Aí eu tive que chamar a Justiça, mas jamais passou pela minha cabeça colocar a polícia. Ele queria a foto dos policias tirando os professores. Mas jamais ele teria essa foto. Ele está pensando que está lidando com amador. Enfrentei uma greve muito mais perigosa, a dos policiais, que estavam armados aqui. Eu tenho respeito enorme pelo professor, relação profunda com os professores. A greve já está passando dos limites da imaginação. 108 dias de greve é um negócio inacreditável e inaceitável", disparou.
Sobre Rui Oliveira
Sobre o presidente da APLB, Rui Oliveira (à direita na foto), Nilo não economizou nas palavras. "Eu sei que Rui começou pensando com motivo salarial. Mas hoje quem está na frente é o Psol, Pstu, que querem ver o circo pegar fogo. Querem desgastar a imagem do governo. Se o filho estudasse em escola pública eu duvido que ele ficaria 100 dias em greve. Quem está sendo prejudicado é o povo pobre. A esposa dele, que salvo engano, é parente de Paulo Maluf, pode muito bem colocar o filho em escola particular. Ele adora é a mídia", disse.
Nilo garantiu ainda que a paralisação só acontece em Salvador. A greve só tem em Salvador. No interior, do estado nem se fala mais. Alguém está financiando essa greve em Salvador. Você aguenta ficar quatro meses sem salário? Eu vi, não foi ninguém que me disse. Eu vi um diretor da Aplb falando que o governador é um traidor e todo traidor tem que morrer. Isso é terrorismo! Ai não é greve salarial, é partidária. Vamos voltar à sala de aula", afirmou.
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