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Uma longa caminhada para o PSB em 2013

A posse dos prefeitos do PSB marca o início do desafio para o governador de Pernambuco e presidente da legenda, Eduardo Campos, para pavimentar sua possível candidatura rumo ao Planalto em 2014; Embora forte no Nordeste, o PSB tem pouco tempo para mostrar o seu modelo de gestão e se firmar como uma alternativa viável de poder; resta saber como o PT reagirá a esta movimentação

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Paulo Emílio_PE247 - O dia 1 de janeiro foi marcado pela posse dos  novos prefeitos e, mais do que representar o início de um novo ano, a data também é o ponto de partida para que o PSB possa alavancar o desejo de chegar ao Palácio do Planalto em 2014. Os planos do governador de Pernambuco e presidente da legenda, Eduardo Campos, envolvem fazer das administrações  municipais, com destaque para cidades importantes, como as capitais Recife (PE), Fortaleza (CE) e Belo Horizonte (MG), por exemplos, em vitrines do que ele costuma chamar como “modelo de  gestão socialista”, fortalecendo o projeto galgar espaços e consolidar a sigla como alternativa à administração que o PT implantou nestas cidades. E pelo visto, a batalha já começou. Nem bem tomaram posse e muitos dos novos prefeitos não pouparam críticas aos seus antecessores, que integram os quadros do Partido dos Trabalhadores (PT).  Como isso irá repercutir nas relações entre as legendas ainda é cedo para dizer, mas se o tom for mantido o clima, que já anda tenso, poderá  queimar como fogo em rastilho de pólvora.

Na capital cearense, o socialista Roberto Cláudio afirmou que foi eleito “pelo sentimento de renovação que domina a alma de Fortaleza”, em uma crítica à ex-prefeita Luizianne Lins (PT) que havia apontado o também petista Elmano de Freitas para sucedê-la. Em seu discurso de posse, Roberto Cláudio evitou citar nominalmente a ex-gestora, mas as críticas tiveram endereço certo. Para ele, é preciso “fazer com a que a prefeitura recupere a liderança das forças produtivas e criativas da cidade”, para logo em seguida emendar que ao longo dos últimos anos “houve omissão, inibição no papel de desenvolver políticas para a cidade”.

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De quebra, Roberto Cláudio vai “peitar” o aumento da tarifa de ônibus no município, que passou de R$ 2,00 para R$ 2,20, uma das últimas ações da ex-prefeita e que foi publicada no Diário Oficial no último dia 24. O novo valor começa a vigorar esta semana. Em Fortaleza, PT e PSB não se bicam desde que os socialistas romperam com o que consideravam “uma administração mal avaliada” e optaram por candidatura própria.

Situação semelhante é verificada em Belo Horizonte. Na capital mineira, o prefeito reeleito Marcio Lacerda (PSB), tomou posse evitando comprar uma briga direta com o PT. Ali, os dois partidos mantiveram uma parceria – que contou até mesmo com o apoio do PSDB – que levaram Lacerda à Prefeitura Municipal. Esta parceria com o Partido dos Trabalhadores foi mantida até as eleições 2012, quando os partidos acabaram rompendo. Mas chama a atenção o fato de que, pelo menos na capital mineira, a aliança com o PSDB continua, com o prefeito reeleito sendo cotado  para suceder o governador Antonio Anastasia (PSDB), o que contaria, inclusive, com o apoio do presidenciável tucano, senador Aécio Neves.  Do lado oposto, o PT aposta no nome do ministro Fernando Pimentel para a disputa mineira em 2014.

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Vale ressaltar que uma candidatura de Lacerda ao Governo do Estado fortaleceria Aécio na corrida pela sucessão da presidente Dilma Rousseff (PT). Por tabela, o nome de Eduardo Campos – que vem sendo cortejado tanto pela oposição como pelo Governo - também ganharia corpo além de possibilitar ser uma espécie de “tira-votos” do PT, enfraquecendo a base petista em um dos colégio eleitorais mais importantes do País.

Já em Pernambuco, Geraldo Julio procurou evitar criticar os 12 anos que o PT esteve à frente da capital do Estado. Em sua posse, as palavras de ordem foram a eficiência na gestão pública, preocupação com a economia nacional e com as finanças municipais. Ele destacou o apoio que espera receber do governador Eduardo Campos e mais uma vez colocou o nome do presidente da legenda no topo da discussão política nacional.

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"Sei que vou contar com o apoio do governador Eduardo Campos. E isso será importante para a cidade. Sei também, governador, que um lugar de destaque lhe espera no futuro político deste país", disse para logo em seguida complementar que Eduardo é "um jovem líder da política nacional, que nos serve de exemplo tanto na atuação política quanto na capacidade de juntar pessoas". Apesar das brigas que marcaram a eleição municipal, que levaram ao rompimento entre o PSB e o PT e que se estenderam por boa parte do País, o PT se integrou à base de apoio socialista no Recife.

Agora, com 2014 cada vez mais perto e com a missão de se apresentar como um alternativa ao Partido dos Trabalhadores, resta saber quais serão os próximos passos que Eduardo Campos definirá para a sua legenda. Se esta caminhada será traumática ou não, nem mesmo os atores envolvidos sabem ao certo.

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