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Unidade na base governista é desafio para bons resultados em 2014

Déda tem sido recorrente na defesa da aglutinação de forças para garantir unidade no grupo que dá sustentação ao seu governo, mas divisão dentro do PMDB e disputa interna do PT são pedras no caminho; segundo Edvaldo Nogueira, "luta interna é maior do que contra adversários"; para se viabilizar como candidato do grupo, Jackson terá que ser capaz de construir a unidade, mas não só ele; engajamento pífio na eleição de Aracaju em 2012 pode se repetir em 2014 se interesses pessoais continuarem acima do projeto coletivo

Déda tem sido recorrente na defesa da aglutinação de forças para garantir unidade no grupo que dá sustentação ao seu governo, mas divisão dentro do PMDB e disputa interna do PT são pedras no caminho; segundo Edvaldo Nogueira, "luta interna é maior do que contra adversários"; para se viabilizar como candidato do grupo, Jackson terá que ser capaz de construir a unidade, mas não só ele; engajamento pífio na eleição de Aracaju em 2012 pode se repetir em 2014 se interesses pessoais continuarem acima do projeto coletivo (Foto: Valter Lima)
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Valter Lima, do Sergipe 247 – A construção da unidade entre os líderes e partidos que integram a base do governo estadual com vistas às eleições de 2014 parece uma missão cada vez mais difícil. Aqui não se fala em unidade aparente, de discursos e declarações oficiais. Mas de unidade real, de projeto coletivo, pela manutenção do atual agrupamento no comando do Estado a partir de 2015. Os fatos falam contra este cenário.

Na mais recente entrevista que concedeu à imprensa local, o governador Marcelo Déda (PT) defendeu a manutenção irrestrita da unidade no bloco que dá sustentação ao seu governo. Na ótica dele, o governador em exercício Jackson Barreto (PMDB), pré-candidato a sucessão em 2014, “tem grande papel neste momento de se colocar acima das paixões e ser o grande tecelão da tapeçaria da unidade”.

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Em relação ao seu partido, que entrou em processo de eleição interna, Déda diz se preocupar com radicalizações e, por isso, quer a desistência das candidaturas dos deputados federais Márcio Macêdo e Rogério Carvalho em prol de Silvio Santos, que, para o governador, seria capaz de dar unidade ao PT para enfrentar o pleito de 2014.

Na semana passada, o ex-prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PC do B), revelou um quadro extremamente preocupante como barreira para a unidade que Déda defende: “Estamos dispersos. A luta interna é maior do que contra os adversários. O lema do grupo parece que é farinha pouca, meu feijão primeiro”.

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Também na última semana, o ex-secretário da Casa Civil, Jorge Alberto (PMDB), foi ao rádio reclamar novamente de Jackson, que teria oficializado a sua exoneração da pasta que geriu por quase dois anos. Revelou que irá comandar uma dissidência dentro do PMDB, para fazer frente ao governador em exercício que estaria agindo como “dono” da legenda. Disse, inclusive, que sua ala pode discutir outro nome para disputar as eleições de 2014 à sucessão de Marcelo Déda.

Ou seja, para fazer frente ao projeto encabeçado pelo senador Eduardo Amorim (PSC) e seu irmão, Edivan Amorim (sem partido), a base governista precisa passar por um processo de reflexão profunda. Os interesses pessoais, que sempre falam tão alto quando se aproximam as eleições, devem ser controlados, para que não interfiram no projeto macro. Jackson, definido por Déda como “tecelão da unidade” precisa, antes de qualquer coisa, acalmar seus colegas de partido. Como JB irá à eleição fortalecido, sem ser consenso dentro do próprio PMDB?

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Já o PT, que, ao que parece, pode enfrentar uma eleição interna fratricida, deve dar o exemplo, por ser o principal partido da base – aquele que liderou o projeto desde o ano 2000. E na casa petista, os interesses pessoais também devem ser aplainados. Déda tem noção disso, mas também não pode achar que alcançará seu objetivo com meia dúzia de postagens no Twitter. Com um Rogério Carvalho indócil e uma militância querendo ver o circo pegar fogo, o Partido dos Trabalhadores precisa repensar seu projeto de futuro, mas sem imposições de lideranças.   

Ao fechar do ciclo de oito anos do governo Déda, todos os líderes do agrupamento – o próprio governador, seu vice, o senador Valadares, os deputados federais e estaduais, os prefeitos, os pretensos novos líderes – devem ser capazes de chegar ao eleitor sergipano mostrando que vale a pena continuar acreditando no projeto que chegou ao poder em 2007. Sem unidade, não será necessário dar o trabalho nem de começar.

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O exemplo mais concreto do que a falta de unidade pode provocar está na disputa pela prefeitura de Aracaju em 2012. A participação das lideranças foi parcial; a defesa do legado, cambaleante; a adesão dos candidatos a cargos proporcionais não chegou a ser completa (muitos já estavam nos braços do prefeito João Alves Filho, antes mesmo de ele ser eleito). Resta saber se o grupo que perdeu o segundo principal espaço de poder do Estado perderá o primeiro com a mesma facilidade. 

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