Vacas magras no futebol europeu
Sempre haverá lugar para craques como Messi, mas as transferências para a Europa diminuirão com as novas regras da Uefa; equipes não poderão gastar além das suas condições financeiras
Por Mike Collett
MÔNACO (Reuters) - As transferências de jogadores entre clubes europeus perderam fôlego por causa das novas regras da Uefa que proíbem os times de gastarem além das suas condições financeiras, disse na sexta-feira o secretário-geral da entidade, Gianni Infantino.
Mas ele alertou que, embora a situação esteja melhorando, os prejuízos acumulados na Europa continuam elevados.
A poucas horas do final da atual janela de transferências, à meia-noite de sexta-feira, o presidente da Uefa, Michel Platini, insistiu que a entidade que dirige o futebol no continente "jamais irá recuar" da sua decisão de impor sanções a clubes que gastem mais do que arrecadam.
Falando em Mônaco antes da decisão da Supercopa entre o Chelsea, campeão da Liga dos Campeões, e o Atlético DE Madri, campeão da Liga Europa, Infantino disse que pela primeira vez em cinco anos a razão entre o faturamento e o prejuízo dos clubes está diminuindo.
"A tendência está começando a virar... Há uma redução significativa na atividade de transferências", disse ele. "O novo Órgão de Controle Financeiro dos Clubes... relata que as novas Regras do Jogo Limpo Financeiro já estão tendo um efeito claro e positivo. Os prejuízos financeiros se estabilizaram, mas ainda estão em níveis perigosos."
Infantino revelou que a janela de transferências de janeiro passado foi menos movimentada do que em 2011, com uma redução de 36 por cento nos gastos.
Rússia, Alemanha, França e Turquia foram as únicas exceções notáveis entre os países principais, embora os gastos nesta janela --excluindo a sexta-feira, dia final do prazo, quando muitas transferências são acertadas-- tenham ficado 22 por cento abaixo da média para esse período.
Infantino disse que até 30 de agosto os clubes haviam gasto 1,753 bilhão de euros (cerca de 2,2 bilhão de dólares) na contratação de jogadores, abaixo da média anual das transferências do meio de ano, que é de 2,249 bilhões de euros.
Ele acrescentou que as duas janelas de transferências deste ano movimentaram um 2,146 bilhões de euros, ou 78 por cento da média entre 2008 e 2011.
"Isso é animador, embora ainda haja algumas cifras no vermelho, em que o gasto com transferências foi superior, mas estamos finalmente começando a avançar na direção correta."
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