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Vacinas. Prevenir é melhor que remediar

As autoridades sanitárias da França ampliaram a vacinação obrigatória das crianças. Agora, em todo o país, os pequenos estão obrigados a receber vacinas contra onze cepas diferentes, dentre as quais o sarampo, a hepatite B e as meningites, além da tradicional DTP (difteria, tétano, poliomielite).

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Por: Anne-Laure Lebrun - Le Figaro Santé

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Na França, milhares de bebês irão às creches pela primeira veznas próximas semanas, ou serão entregues aos cuidados de uma babá. As estruturas francesas de acolhimento e saúde se preparam para recebe-los, e este ano seu trabalho será ainda maior: todas devem se assegurar que as crianças nascidas a partir de 1o de janeiro 2018 receberam as vacinas obrigatórias. A partir de agora, no país, os bebês não mais poderão se inscrever em alguma instituição coletiva sem provar que tomaram todas as vacinas preconizadas pela lei.

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Até o momento, verificava-se apenas a presença, nos certificados de saúde, dos registros da vacina DTP (difteria, tétano e poliomielite). Mas desde junho do corrente ano, as crianças precisam receber, aos 2, 4, 5 e 11 meses também as vacinas contra a coqueluche, a Haemophilus influenzae b, a hepatite B, o pneumococo (Streptococcus pneumoniae) e o meningococo C (Neisseria meningitidis). A partir de dezembro, à medida em que completaram 12 meses de idade, essas crianças receberão a primeira dose da vacina contra o sarampo, a caxumba e a rubéola (SCR)e uma nova dose da vacina contra o meningococo. Por fim, entre os 16 e os 18 meses, receberão a última dose da vacina SCR. Ou seja, no total dez injeções antes de completarem dois anos de idade.

Sem a prova formal de que tais vacinas foram realizadas, as crianças francesas não poderão ser inscritas não poderão ser aceitas por nenhuma instituição de coletividade. Os estabelecimentos, no entanto, poderão aceitar uma admissão provisória. Mas os pais terão de se colocar em conformidade com a lei no prazo máximo de três meses. Caso se recusarem, a criança será excluída da instituição de acolhimento.

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O exemplo do sarampo

Essas novas regras vacinais são uma necessidade, segundo o ministério da Saúde francês. Com efeito, a França enfrenta já há vários anos a pressão de movimentos contra as vacinas e, ao mesmo tempo, o ressurgimento de doenças que, segundo se acreditava, estavam eliminadas

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Os franceses estão entre os povos europeus mais avessos às vacinas. Basta surfar nas redes sociais do Twitter ou do Facebook para perceber isso. Resultado: a cobertura vacinal, bem inferior ao objetivo de 95%, não é suficiente para proteger toda a população e para que se confirme a esperança de erradicação de doenças potencialmente mortais.

A verdade é que os discursos alarmantes dos militantes contra as vacinas gritou mais alto do que a palavra médica e científica. O sarampo é o exemplo perfeito do que aconteceu. Segundo os últimos dados da Saúde Pública francesa, 2741 casos foram declarados no país e três mortes pela moléstia ocorreram até 29 de julho deste ano. Em 2017, apenas cerca de 520 pessoas tinham contraído esse vírus muito contagioso que provoca, em 30% dos casos, complicações pulmonares e neurológicas muito graves. Ponto em comum entre todos esses doentes: a ausência de proteção. Mais de oito de cada dez nunca tinham sido vacinados contra o sarampo.

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Mostrar tais cifras, no entanto, não parece convencer aqueles que são reticentes à vacinação. Os discursos alarmistas dos militantes anti-vacina foram mais fortes que as informações científicas e médicas. É preciso dizer que as ideias preconcebidas e falsas a respeito da utilidade e da inocuidade das vacinas são também insufladas por uma parte dos médicos e dos cientistas.

Falsos atestados

Mas os desgastes provocados por esses céticos são bem evidentes. Até mesmo os médicos clínicos, os generalistas, pedra angular da política vacinal, duvidam. Um estudo publicado em 2014, do qual participaram 1580 médicos generalistas franceses, revelou que apenas 18% dentre eles não demonstram nenhuma hesitação quando se trata de recomendar as vacinas. Nesse mesmo painel, 11% confessaram ter pouca confiança nesses produtos e 3% falaram de dúvidas profundas, e até mesmo de uma frontal oposição.

Alguns pais não hesitam em fornecer às creches e instituições do gênero certificados de vacinação falsos, obtidos através de contatos promovidos pelos próprios ativistas contra as vacinas.

 

A CAMPANHA DE VACINAÇÃO NO BRASIL

No Brasil, toda criança de 1 a menos de 5 anos deve se vacinar contra sarampo e pólio. Até os pequenos nessa faixa etária que já receberam suas doses contra poliomielite e sarampo foram convidados a participar da campanha de vacinação em 2018.

Por: Agência Brasil

Lançada no início de agosto, a Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomielite e Sarampo deu sua largada no Brasil inteiro. Todas as crianças de 1 a menos de 5 anos foram convidadas a irem aos postos de saúde para receber as vacinas contra essas infecções, até mesmo as que já tinham tomado suas doses de vacina anteriormente.

Frente aos surtos de sarampo e ao risco de reintrodução da pólio (paralisia infantil), a campanha de 2018 é indiscriminada nessa faixa etária. Ou seja, pretende atingir os pequenos que ainda não se imunizaram, os que precisam completar o esquema e até os que cumpriram a recomendação do Ministério da Saúde no passado.

Nesse último caso, a ideia é aplicar um reforço, que minimiza o risco de falha vacinal – quando as injeções por algum motivo não estimulam a produção de anticorpos contra essas enfermidades. Isso é incomum em quem cumpre o número de doses preconizadas, porém pode ocorrer.

No caso da poliomielite, crianças que não tomaram nenhuma dose ao longo da vida receberão a vacina inativada (a VIP, que é injetável) durante a campanha. As que já passaram por uma ou mais doses terão à disposição a versão oral do imunizante (a VOP, que ficou famosa com o Zé Gotinha). Para o sarampo, todas devem tomar uma dose da vacina tríplice viral (que também protege contra caxumba e rubéola). Isso desde que não tenham sido vacinadas nos últimos 30 dias.

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