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Vento a favor da Embraer

O dólar ajuda, mas não é o bastante para a empresa

O dólar ajuda, mas não é o bastante para a empresa (Foto: Camila Nunes)
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Do Infomoney - A Citi Corretora disse em relatório que é preciso de muito mais do que o câmbio para ficar otimista com a Embraer (EMBR3). Segundo uma das leis mais em voga no mercado ultimamente, quando o dólar sobe, as ações de empresas com perfil exportador também se valorizam. Com isto em mente, a Embraer deveria estar em uma situação bastante confortável este ano, com um acúmulo de 15% de desvalorização da nossa moeda em relação à divisa dos EUA, mas não é o que se tem visto.

Apesar de beneficiada pela depreciação cambial, já que possui suas receitas na moeda norte-americana e despesas em real, a ação da empresa cai 1,44% desde 1º de janeiro. O desempenho é bem mais fraco que o de outras exportadoras como Fibria (FIBR3) e Suzano (SUZB5), que sobem 32% e 30%, respectivamente.

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Uma das razões para isso é que a participação brasileira cada vez maior na receita da companhia tem reduzido esta vantagem cambial. Soma-se a isso, os descontos de preços praticados pela Embraer juntamente com a baixa diversificação da sua base de clientes de aeronaves comerciais para que o otimismo com o câmbio fique mais modesto. Com todos esses problemas, a empresa teve resultados mais fracos do que o esperado em 2014 e expectativas reduzidas para o resultado operacional de 2015.

Consequentemente, a Citi cortou o preço-alvo das ações da indústria produtora de aviões de R$ 29,50 para R$ 25,16. Nesta quinta-feira (26), os papéis da companhia operavam a R$ 24,05, às 16h14. "Um menor Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) estimado para 2015, aplicado ao múltiplo objetivo EV/Ebitda de 7,5x, resultam agora num corte de preço-alvo", diz a corretora.

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Mas nem tudo está perdido. Segundo o relatório, a Embraer deve, pelo menos, conseguir alguns novos pedidos entre agora e o Le Bourget Air Show, marcado para junho. O que pode atrapalhar este plano de fundo um pouco mais otimista, para a corretora, é que, em meio a um ajuste fiscal preparado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, é improvável que aviões de combate KC-390 - um dos principais produtos vendidos pela companhia -, sejam prioridade para o governo brasileiro, podendo pesar nos futuros balanços da Embraer.

*O EV/Ebitda é uma medida muito usada para determinar quantos anos seriam necessários para pagar o investimento no Valor da Empresa (EV) se todo o fluxo de caixa operacional estivesse disponível para pagar esse investimento.

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