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      Vereadores reclamam de emendas não executadas

      O ano de 2015 chega a sua metade e alguns vereadores de Salvador, das bancadas de oposição e do governo, ainda não viram a execução das emendas parlamentares de 2014, instituídas pelo prefeito ACM Neto como uma grande novidade, uma vez que tal apoio nunca ocorreu por parte do Executivo; ACM garantiu destinar três emendas no valor de R$ 1 milhão para cada um dos 43 vereadores do Legislativo municipal; as emendas seriam incluídas no orçamento do município e executadas pelos órgãos da prefeitura; mas a execução das emendas não tem acontecido

      O ano de 2015 chega a sua metade e alguns vereadores de Salvador, das bancadas de oposição e do governo, ainda não viram a execução das emendas parlamentares de 2014, instituídas pelo prefeito ACM Neto como uma grande novidade, uma vez que tal apoio nunca ocorreu por parte do Executivo; ACM garantiu destinar três emendas no valor de R$ 1 milhão para cada um dos 43 vereadores do Legislativo municipal; as emendas seriam incluídas no orçamento do município e executadas pelos órgãos da prefeitura; mas a execução das emendas não tem acontecido (Foto: Romulo Faro)
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      Hieros Vasconcelos Rego/Tribuna da Bahia - O ano de 2015 já chega ao final do seu quinto mês e alguns vereadores de Salvador, das bancadas de oposição e do governo, ainda não viram a execução das emendas parlamentares de 2014, instituídas pelo prefeito ACM Neto (DEM) como uma grande novidade, uma vez que tal apoio nunca ocorreu por parte do Executivo Municipal. Neto garantiu destinar três emendas no valor de R$ 1 milhão para cada um dos 43 vereadores do Legislativo municipal. As emendas seriam incluídas no orçamento do município e executadas pelos órgãos da prefeitura. Deste valor, devem ser garantidos pelo menos 25% em educação e 15% em saúde.

      Os questionamentos acerca da execução dos recursos ocorrem desde o ano passado e tomaram força este ano. Com as chuvas em Salvador, as reclamações se tornaram mais evidentes, até porque muitos edis oposicionistas contavam com as emendas para aplicar obras em regiões onde possuem eleitorado, e que foram afetadas com deslizamentos de terra, alagamentos, dentre outros prejuízos. Enquanto isso, circula-se nos bastidores informações de que membros governistas tiveram de 70% a 100% de suas demandas atendidas.

      O vereador Gilmar Santiago (PT) - foto, por exemplo, é autor de duas emendas parlamentares pedindo intervenções no Marotinho – bairro atingido por deslizamentos, no valor de R$ 100 mil e R$ 50 mil. E, conforme o petista, nada foi executado. "A emenda seria para construir uma escadaria na Rua Henrique Martin, que fica a 50 metros de onde ocorreu a tragédia onde morreu cinco pessoas. Quando o prefeito trouxe isso, mesmo sendo adversário, eu comemorei por se tratar de um processo legislativo. Ele foi deputado federal e pensamos que iria querer valorizar o poder Legislativo", explicou.

      Sobre o assunto, o secretário municipal de Relações Institucionais, e vereador licenciado, Heber Santana, afirmou que muitas propostas não estavam claras, e, por isso, ainda não tinham sido contempladas. Para a petista Vânia Galvão, não há dúvidas de que existe uma perseguição com os oposicionistas que têm postura crítica na Casa. "Não tenho dúvidas de que há perseguição desse governo, ao contrário do governo de Lula e Wagner, que não procuraram discriminar a oposição. Neto está discriminando principalmente a oposição que vai lá, cobra e critica", declarou. Ela relata ainda que enviou as propostas "muito bem especificadas".

      Outro vereador que tem reclamado é Waldir Pires (PT). As indicações dele foram todas destinadas ao Bairro da Paz: uma, no valor de R$ 400 mil, para a reforma e reestruturação do posto de saúde Orlando Imbassahy, e outras duas para pavimentar a Rua Princesa Izabel da Paz ((R$ 300 mil) e construir área de esporte e lazer na Escola Nossa Senhora da Paz (R$ 300 mil). "O posto de saúde recebeu uma pintura simples. Não houve nenhuma reforma concreta como eu havia proposto", afirmou Pires em plenário na última semana.

      Cooptação

      Vereadores afirmam, ainda, que prefeito ACM Neto (DEM) transformou a emenda parlamentar num "balcão para cooptação". "Transformou a emenda num processo de arregimentação da base dele. Ele dá com uma mão e tira com a outra. Quem capitaliza é ele, porque são investimentos que já estão previstos e ele apenas dá a digital para se beneficiar", comentou Gilmar Santiago (PT).

      Receberam

      O vereador petenista Kiki Bispo já executou 70% de sua emenda. Atualmente, uma praça está sendo reformada e reconstruída em Castelo Branco, com os custos de R$ 200 mil. "E quando essa praça ficar pronta, acredito que vamos chegar a quase 100%. Apliquei o reecurso nos bairros de São Caetano, Boa Vista de São Caetano, Castelo Branco, Dom Avelar e Cajazeiras", acrescentou.

      O vereador Henrique Carballal, recém-expulso do PT sob a alegação da legenda de "infidelidade partidária", contou à Tribuna não ter executado toda a verba, mas que já adiantou muitas obras, como o asfaltamento e a reforma da Praça do Dendezeiro. "Acredito que serei contemplado em 100%", declarou à Tribuna em abril deste ano. Já o vice líder do governo no Legislativo municipal, Leo Prates (DEM), afirmou que doou R$ 1 milhão de sua emenda para a construção do Hospital de Cajazeiras.

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