Vitorioso, Marin exalta o padrão Felipão
Em entrevista, o presidente da CBF, José Maria Marin, revelou bastidores da troca de Mano Menezes pelo treinador Luiz Felipe Scolari. "Eu vou para uma guerra. Se não passasse bem na primeira trincheira (Copa das Confederações), aumentaria a pressão para chegar na segunda (Copa do Mundo). Eu quero meu comandante, os meus soldados. Eu iria com o comandante que outro (Ricardo Teixeira) escolheu? Será que o do outro iria morrer por mim, se não fui eu que o escolhi? Com o meu, vamos para a glória ou o inferno juntos", disse ele; antes da conquista, Felipão foi duramente criticado por Ronaldo
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247 - Numa conversa franca, a primeira após a conquista da Copa das Confederações, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, José Maria Marin, falou sobre temas polêmicos e também sobre suas decisões à frente da seleção brasileira – em especial a substituição de Mano Menezes por Luiz Felipe Scolari, que se mostrou acertada.
"Eu vou para uma guerra. Se não passasse bem na primeira trincheira (Copa das Confederações), aumentaria a pressão para chegar na segunda (Copa do Mundo). Eu quero meu comandante, os meus soldados. Eu iria com o comandante que outro (Ricardo Teixeira) escolheu? Será que o do outro iria morrer por mim, se não fui eu que o escolhi? Com o meu, vamos para a glória ou o inferno juntos", disse ele.
Confira, abaixo, alguns trechos do depoimento a Jorge Luiz Rodrigues, do jornal "O Globo":
A nova seleção brasileira
A torcida sabe que, hoje, temos uma seleção que inspira confiança, mas há muito trabalho a fazer. Não há motivo para euforia e deslumbramento. Nosso objetivo é 2014. O principal disso tudo é a recuperação da autoestima. A própria torcida disse que “o campeão voltou”.
Próximos passos
A seleção está de portas abertas para todo jogador brasileiro, mas mediante certas condições e desde que o comprometimento seja total, a partir da convocação. Os que já estão conhecem a filosofia de trabalho. Os que vierem precisam de comprometimento total. Comportamento dentro e fora do gramado é fundamental. Você está me entendendo? Teve um jogador que deu prioridade a um jantar [Marin se referia a Ramires].
Os jogadores e o Hino Nacional
Eu falei para o Felipão: o cara que vai jogar jogar tem saber cantar o Hino Nacional. Outra coisa: você viu alguém mascando chiclete? Falei que eu não queria ver ninguém mascando chiclete, arrumando a meia ou fazendo exercício durante o hino. Sabe por quê? Para mostrar que lá tem comando. O cara que vai defender a seleção tem compromisso com o país. Falei para a minha mulher antes da final contra Espanha: “Do jeito que eles cantaram o Hino Nacional, nós não perdemos o jogo”. Não confundimos patriotada com civismo.
A troca de Mano por Felipão
Eu tinha que escolher um momento ideal. Eu vou para uma guerra. Se não passasse bem na primeira trincheira (Copa das Confederações), aumentaria a pressão para chegar na segunda (Copa do Mundo). Eu quero meu comandante, os meus soldados. Eu iria com o comandante que outro (Ricardo Teixeira) escolheu? Será que o do outro iria morrer por mim, se não fui eu que o escolhi? Com o meu, vamos para a glória ou o inferno juntos.
A premiação pela Copa
Foi de R$ 4,8 milhões. Tudo para jogadores, comissão técnica, massagista, roupeiro...
A seleção após a Copa-2014
Mesmo com qualquer resultado, Felipão continua após a Copa. Se o Felipão tiver proposta e quiser sair, meu candidato é o Gallo. Quero aproveitar o Gallo com o Parreira. Se Felipão continuar, ficam Felipão e Parreira. Eu não mudo. Mas, se o Felipão não quiser continuar no futuro, o Gallo será o treinador.
Acusações de Romário e outros desafetos
O interesse desses ataques é puramente eleitoral, visando às eleições da CBF, em abril de 2014. Vendi uma propriedade em abril de 1983, registrada em cartório, e com o dinheiro, adquiri o terreno em São Paulo, um mês depois, em maio. Juridicamente, não me apropriei de nada. Estou processando quem me caluniou.
Não custa lembrar que, antes da Copa das Confederações, Felipão foi alvo de uma saraivada de críticas – em especial do ex-jogador Ronaldo. Relembre o que ele disse em abril de 2013:
"Achei precipitada [a troca de Mano por Felipão]. Eu me sinto muito à vontade para fazer esta crítica, porque estou fora da CBF. Sequer falei de novo com Ricardo Teixeira (ex-presidente que o convidou para o Comitê Organizador Local). Mano já estava conseguindo fazer o time jogar melhor."
Na mesma entrevista, Ronaldo também nomeou Tite e Muricy Ramalho como os melhores técnicos brasileiros, sem citar Felipão, pentacampeão, com ele, em 2002.
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