Você se lembra desse castelo?
Ele ficou conhecido em todo o pas como Monalisa, do ex-corregedor da Cmara Federal Edmar Moreira, atualmente no PR. Agora, seu filho, o deputado estadual Leonardo Moreira, do PSDB mineiro, faz projeto que beneficia o entorno da regio da super manso, perto do Aeroporto de Juiz de Fora
Minas 247 - O Castelo Monalisa ficou famoso em todo o Brasil a reboque do escândalo envolvendo um de seus donos, o ex-deputado federal Edmar Moreira, que foi corregedor da Câmara e, na época, pertencia aos quadros do DEM. Moreira, como muita gente se lembra, chegou a dizer que deputados não deveriam ser julgados por seus pares, já que têm o “vício insanável da amizade”. Depois, em 2009, envolvido em denúncias de sonegação fiscal, renunciou ao cargo. Deixou o DEM, filiou-se ao PR, mas não conseguiu se reeleger em 2010.
Seu filho, porém, é deputado estadual em Minas. Leonardo Moreira, do PSDB, encaminhou um projeto, pronto para ser votado em primeiro turno na Assembleia Legislativa, que prevê investimentos públicos no entorno do Aeroporto Presidente Itamar Franco, em Juiz de Fora (Zona da Mata mineira). Propõe, também, incentivos fiscais para para hoteis e empresas de alimentação na mesma região - região que coincide (?) com a localização do Castelo Monalisa.
Na justificativa do projeto, Leonardo Moreira diz: “O setor de prestação de serviço também será muito relevante para dar sustentação a todo tipo de demandas de serviços, o que, certamente, atrairá para aquela localidade as grandes empresas do ramo”.
O ótimo repórter Ezequiel Fagundes, do jornal Hoje em Dia, lembra na edição deste sábado: “Construído numa área de 192 hectares, em Carlos Alves, distrito de São João Nepomuceno, a cerca de 20 quilômetros do aeroporto, o castelo tem 36 suítes. Avaliado em R$ 25 milhões, o imóvel ainda não teria sido negociado, segundo informações de corretores da região, mesmo com a repercussão de sua existência, a reboque do do escândalo de 2009 (…)”.
O castelo começou a ser construído em 1982 e finalizado em 1990. Na época, da denúncia contra Edmar Moreira, descobriu-se que o imóvel não constava em sua declaração de bens, apenas o terreno. Alguns números do castelo, que lembra as construções medievais: do portão de acesso até a casa, o percurso é feito por uma estrada de 4 quilômetros que percorre a ára de 8 milhões de metros quadrados. Ao longo do caminho, postes metálicos sustentam luminárias e caixas de som. O castelo tem oito torres - a mais alta abriga a suíte do casal Moreira, com 110 metros quadrados. Cada uma das suítes tem quatro cômodos: quarto, sala de estar, closet e banheiro. A cozinha tem capacidade para atender 200 pessoas. A super mansão ainda tem: dois elevadores, sistema de aquecimento central, uma capela e um anexo de lazer, sauna, salão de jogos e de ginástica e piscinas na área externa, adega subterrânea climatizada para 8 mil garrafas.
Não por acaso, Edmar Moreira era apelidado pelos colegas deputados de “Duque de São João Nepomuceno”. Em 2010, o “duque” recebeu 45.576 votos, mas não se reelegeu. O filho de Edmar, Leonardo, foi mais precavido que o pai: em 2010, quando se manteve na Assembleia Legislativa, declarou o castelo para a Justiça Eleitoral - o que não fez em 2006, quando foi eleito pelo então PFL: na declaração, sua parte no imóvel valeria R$ 1,17 milhão. Uma reportagem do jornal Estado de Minas, entretanto, com base em conversas com corretores da região, avalia a propriedade em pelo menos R$ 40 milhões. De acordo com registros da Junta Comercial de Minas, o parlamentar mineiro tem 49% das ações do imóvel, registrado como empresa hoteleira.
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