'Xerife' de Minas afasta suspeitos de corrupção
Chefe da Controladoria Geral do Estado de Minas Gerais, Mário Vinicius Spinelli, tem demitido servidores envolvidos com irregularidades e provocado "danos significativos ao erário", segundo o próprio órgão; três ex-dirigentes da Fundação Ezequiel Dias (Funed) foram expulsos na semana passada; em cinco meses sob o comando de Spinelli, a CGE já demitiu mais servidores do que em todo o ano passado no combate à corrupção; em São Paulo, onde era controlador-geral do município, o 'xerife' do setor público implodiu esquemas pesados como a máfia dos fiscais, que desviou R$ 500 milhões dos cofres municipais
Minas 247 – A Controladoria Geral do Estado de Minas Gerais (CGE-MG) demitiu na semana passada três ex-dirigentes da Fundação Ezequiel Dias (Funed) por suspeitas de irregularidades. De acordo com o próprio órgão, os cortes se deram "a bem do serviço público, depois que ficou comprovada sua participação em ações que favoreceram o laboratório paulista Blanver Farmoquímica Ltda, "provocando danos significativos ao erário".
Os afastados foram o ex-presidente da Funed (2003 a 2011) Carlos Alberto Pereira Gomes, o ex-vice-presidente da Funed (2007 a 2009) Silas Paulo Resende Gouveia e o ex-procurador-chefe da Funed (2007 a 2011) Felipe Augusto Moreira Gonçalves. A expulsão foi publicada no diário oficial do estado, Minas Gerais, no sábado, dia 20.
Há cinco meses sob o comando de Mário Vinicius Spinelli, a CGE já demitiu mais servidores do que em todo o ano passado em uma força-tarefa no combate à corrupção. Ex-controlador-geral do município de São Paulo, onde implodiu esquemas pesados como a máfia dos fiscais, que desviou R$ 500 milhões dos cofres municipais, Spinelli foi convidado pelo governador Fernando Pimentel (PT) para exercer função semelhante em Minas.
De acordo com a CGE de Minas, foi criada em abril desse ano uma força-tarefa com o objetivo de "auxiliar no julgamento de 434 procedimentos disciplinares que apuram supostas irregularidades cometidas por servidores estaduais e foram acumuladas na Subcontroladoria de Correição Administrativa nos últimos sete anos".
Ainda segundo o órgão, "até o dia 19 de julho, 104 servidores já foram excluídos da administração pública estadual, superando o número de expulsões de todo o ano de 2014 (56). Outra medida adotada no processo de reestruturação da Controladoria foi a divulgação dos nomes dos servidores públicos excluídos da administração pública. O cadastro está disponível no portal da transparência".
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