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Yoani: "Sem argumento, tentam silenciar"

A cubana Yoani Sánchez, que tem provocado reações extremas em sua passagem pelo Brasil, falou sobre os protestos contra a sua viagem em Recife e em Salvador. "Será uma grande alegria para mim se em um dia, em Cuba, as pessoas puderem se manifestar desta maneira", disse ela ao jornalista João Pedro Pitombo, do jornal A Tarde; ativistas a acusam de ser financiada pela CIA para denegrir o regime castrista

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247 - A cubana Yoani Sánchez, responsável pelo blog Generación Y, passa pelo Brasil como um furacão. Apoiada pela Sociedade Interamericana de Imprensa e por veículos de comunicação conservadores, ela foi alvo de protestos ao passar por Recife e Salvador. Na Bahia, ela falou ao jornalista João Pedro Pitombo, do jornal A Tarde. Leia, abaixo, sua entrevista:

Quais suas primeiras impressões da sua chegada ao Brasil e como encara os protestos com que foi recebida?

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Posso resumir esta minha chegada ao Brasil em uma palavra: intensidade. Foi um desembarque cercado de muita euforia. De um lado encontrei muitas palavras de apoio, que me deram ânimo. Por outro lado, encontrei pessoas que buscaram me insultar. Mas isso é da democracia. Será um grande alegria para mim se em um dia, em Cuba, as pessoas puderem se manifestar desta maneira.

O governo brasileiro está investigando a elaboração de um suposto dossiê feitos por funcionários do próprio governo com a embaixada de Cuba. Isso a surpreende?

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Isso não me surpreende porque sei que faz parte de uma guerra de informações que está posta. É claro que não gosto de saber que isso acontece, mas entendo que faz parte da minha profissão enfrentar este cerco. Mas lamento. Vejo que, quando as pessoas não tem argumento, elas tentam silenciar a outra. E assim partem para o grito e para a agressão. 

Como vê a relação dos governos brasileiros e cubano. Acha que há condescendência do Brasil para questões ligadas aos direitos humanos?

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Acho que sim. Nas últimas décadas, o que vimos de outros países latino-americanos como o Brasil foi uma posição de silêncio frente a questão dos direitos humanos em Cuba. Por outro lado, vemos uma posição muito clara da opinião pública internacional, que se coloca contra qualquer limitação de liberdade e de desrespeito aos direitos humanos. Por isso, me surpreende que muitos presidentes ainda vejam cuba como a "ilha da esperança".

A senhora conseguiu seu visto depois cinco anos e 20 tentativas. O que acha que motivou o regime a liberar sua saída? 

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Penso que Raul Castro não poderia continuar com este absurdo. Havia pressões internas e externas muito fortes para que esta situação mudasse. Mas a reforma migratória foi apenas um passo, já que ainda temos uma série de limitações no nosso país. Tenho esperança que haja uma flexibilização efetiva para que muitos cubanos possam reencontrar e abraçar familiares que estão em outros países.

O que espera nesta vinda ao Brasil?

Venho com um sentimento de muita expectativa e curiosidade em relação ao Brasil. Quero ampliar meus conhecimentos, sobretudo nas áreas de jornalismo e tecnologia. Estou aqui para aprender com vocês.

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