Youssef: Negromonte era líder da propina no PP
O Conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia Mário Negromonte era o maior beneficiário do PP no pagamento de propina das empreiteiras em contratos com a Petrobras; e o PP, por sua vez, era o partido mais envolvido no esquema, com 32 dos 54 denunciados ao STF; quem põe Negromonte no topo da propina é delator do esquema na Operação Lava Jato, o doleiro Alberto Yousseff; segundo ele, o esquema foi montado pelo ex-deputado José Janene; após sua morte, em 2010, o ex-ministro baiano se tornou o novo líder do grupo; entrega de dinheiro a Negromonte chegou a ser feita em seu apartamento funcional em Brasília, e em sua casa, em Salvador
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Bahia 247 - O Conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) da Bahia Mário Negromonte era o maior beneficiário do PP (Partido Progressista) no pagamento de propina das empreiteiras em contratos de obras da Petrobras. E o PP, por sua vez, era o partido mais envolvido no esquema, com 32 dos 54 denunciados pela Procuradoria Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF). O ex-deputado foi o primeiro ministro das Cidades no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff, pela cota do partido.
Além de Negromonte, mais três baianos foram denunciados: o ex-deputado e atual vice-governador, João Leão; o ex-deputado federal Luiz Argôlo e o deputado federal Roberto Britto. Argôlo agora é do SD, mas era do PP à época do esquema.
Quem põe Mário Negromonte no topo da propina é o maior delator do esquema na Operação Lava Jato, o doleiro Alberto Yousseff. O esquema foi montado pelo ex-deputado José Janene e se manteve após sua morte, em 2010. Segundo Youssef, Janene distribuía os recursos do PP, dando as maiores quantias aos líderes Mário Negromonte; João Pizolatti (SC) e Pedro Corrêa (PE), ex-deputados; e Nelson Meurer (PR), deputado.
Após a morte de Janene, Negromonte é apontado por Youssef como novo líder do grupo. A entrega de dinheiro ao ex-ministro chegou a ser feita em seu apartamento funcional em Brasília, e em sua casa, em Salvador. Youssef disse ainda que quando o grupo de líderes tomou o comando, passou a sobrar menos dinheiro para os demais.
Houve, por isso, rebelião de um outro grupo, que tomou o comando, formado pelos senadores Ciro Nogueira (PI) e Benedito Lira (AL) e pelos deputados Arthur Lira (AL), Eduardo da Fonte (PE) e Aguinaldo Ribeiro (PB), ex-ministro.
Ainda de acordo com Youssef, o pagamento de dinheiro desviado da Petrobras a congressistas do PP provocava brigas e obedecia a uma espécie de tabela de preços, proporcional à força política de cada um. Segundo o doleiro, líderes do PP recebiam entre R$ 250 mil e R$ 500 mil por mês, enquanto "demais parlamentares recebiam entre R$ 10 mil e R$ 150 mil conforme sua força política dentro do partido".
Youssef era operador do PP na diretoria de Abastecimento, então sob responsabilidade de Paulo Roberto Costa, e intermediava propina de empreiteiras ao diretor. Um percentual ia para o PP.
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