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Zelotes: ex-senador César Borges nega propina

Ex-governador e ex-senador pela Bahia, o atual presidente de Serviços do Banco do Brasil, César Borges, negou que tenha recebido propina de acusados de comprar medidas provisórias no governo federal; César não é investigado por participação no suposto esquema, apurado na Operação Zelotes, mas respondeu a questionamentos dos advogados de defesa dos réus de ação penal sobre o caso; "Nunca recebi. Nunca soube no parlamento. Me admira muito que uma MP como essa tenha saído de algum tipo de acordo"

Ex-governador e ex-senador pela Bahia, o atual presidente de Serviços do Banco do Brasil, César Borges, negou que tenha recebido propina de acusados de comprar medidas provisórias no governo federal; César não é investigado por participação no suposto esquema, apurado na Operação Zelotes, mas respondeu a questionamentos dos advogados de defesa dos réus de ação penal sobre o caso; "Nunca recebi. Nunca soube no parlamento. Me admira muito que uma MP como essa tenha saído de algum tipo de acordo" (Foto: Romulo Faro)

Bahia 247 - Ex-governador e ex-senador pela Bahia, o atual presidente de Serviços do Banco do Brasil, César Borges (PR),  negou que tenha recebido propina de acusados de comprar medidas provisórias no governo federal. César não é investigado por participação no suposto esquema, apurado na Operação Zelotes, mas respondeu a questionamentos formulados por advogados de defesa dos réus de ação penal sobre o caso.

Ele foi arrolado como testemunha de defesa de Eduardo Valadão, acusado de integrar o esquema de corrupção. César Borges foi governador da Bahia entre 1999 e 2002, quando os primeiros incentivos fiscais para montadoras instaladas no Nordeste foram concedidos, ainda no governo de Fernando Henrique Cardoso.

Entre 2009 e 2010, quando foi editada e aprovada a MP 471, que prorrogou os benefícios e está sob suspeita de 'encomenda' pelo setor privado, o baiano era senador. Na época, participou da mobilização política para viabilizar a norma, que teria sido fundamental para manter a Ford na Bahia.

Questionado pelo advogado Marcelo Leal (que defende o lobista Alexandre Paes dos Santos) se recebeu propina relacionada à MP ou soube de pagamento de vantagens a parlamentares, césar Borges negou veementemente. "Nunca recebi. Nunca soube no parlamento. Me admira muito que uma MP como essa tenha saído de algum tipo de acordo".

O ex-senador disse que a medida foi importante para o desenvolvimento econômico da Bahia, tanto que em dez anos, segundo ele, o Produto Interno Bruto (PIB) baiano dobrou.

César afirma ainda que a norma foi aprovada mediante consenso de lideranças do governo e da oposição, em votação simbólica e sem emendas. Para esta terça-feira, estão previstos os depoimentos de ao menos 13 testemunhas, além da ré Cristina Mautoni.