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Ideias

Especialista europeia chama EUA de principal beneficiário do conflito na Ucrânia

Declaração da professora da Universidade Complutense de Madri, Maria José Pérez del Pozo

(Foto: Valentyn Ogirenko/Reuters)
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 O principal beneficiário do conflito na Ucrânia são os Estados Unidos, que têm ganhado muito com a venda de armas e a exportação de gás a um preço inflacionado, disse à Sputnik a professora da Universidade Complutense de Madri, Maria José Pérez del Pozo.

 "O principal beneficiário dessa guerra são os Estados Unidos. Os países europeus e da OTAN estão aumentando seus gastos com defesa e estão usando o dinheiro para comprar armas dos Estados Unidos. Além disso, a Europa agora está comprando gás dos Estados Unidos a um preço muito mais alto do que comprava anteriormente da Rússia", disse ela.

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 Pérez del Pozo aponta também que a União Europeia (UE) não pode criar seu próprio sistema de defesa, portanto, está nas mãos dos EUA, que vinculam cada vez mais seus aliados a seu sistema.

 Quando perguntada por que a Europa insiste tanto em continuar o conflito e enviar armas, mesmo às custas de seus próprios interesses, a especialista explicou que os países da UE têm uma política de apoio à Ucrânia até o fim, uma narrativa atrás da qual estão os Estados Unidos.

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 "Os países da UE não consideram um plano de paz, não ouvem o Brasil e a China. Seu principal objetivo é derrotar a Rússia", afirma Pérez del Pozo.

 Ela observa que, além dos EUA, a narrativa da Polônia, inspirada pelo Reino Unido, desempenha um papel importante nessa questão.

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 "Assim, na arena europeia, os líderes de opinião não são nem Paris nem Berlim, mas Varsóvia."

 No entanto, ela ressalta que nem a Europa nem a OTAN estão com pressa de fornecer garantias de segurança à Ucrânia, nem de aceitá-la na UE ou na aliança, explicando que o processo de negociação sobre essas questões costuma ser bastante demorado, pois exige acordo sobre muitos aspectos agrícolas, industriais, de pesca e legislativos.

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 "Integrar um país em guerra é impossível. No caso da OTAN, integrar a Ucrânia significaria quase uma guerra mundial, pois o território ucraniano seria protegido pelo Artigo 5 da Carta da OTAN [um ataque armado a um ou mais Estados-membros da OTAN é considerado um ataque a toda a aliança] e obrigaria a aliança a defender seu novo parceiro", explica.

 Em 24 de fevereiro de 2022, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou o início de uma operação militar especial na Ucrânia com a tarefa de "proteger as pessoas que foram submetidas a abusos e genocídio pelo regime de Kiev durante oito anos".

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 Ele observou que a operação especial foi uma medida forçada, a Rússia "não teve chance de fazer o contrário, os riscos de segurança foram criados de tal forma que era impossível responder por outros meios".

 De acordo com ele, a Rússia vem tentando chegar a um acordo com a OTAN sobre os princípios de segurança na Europa há 30 anos, mas, em resposta, tem enfrentado enganos e mentiras cínicas ou tentativas de pressão e chantagem, enquanto a aliança, apesar dos protestos de Moscou, está em constante expansão e se aproximando da fronteira russa.

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