Indústria da construção acompanha discussão da taxonomia verde e se prepara para a COP-30

247 - A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e entidades do Movimento Construção é Mais discutiram, nesta quarta-feira (19), em São Paulo, os próximos passos e o cronograma de formulação da Taxonomia Sustentável Brasileira (TSB). O encontro aconteceu na sede do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) e contou com a participação de representantes do setor, que avaliaram os desafios e oportunidades da norma para orientar investimentos sustentáveis no país.

Lílian Sarrouf, representante da CBIC no Comitê Consultivo da TSB, apresentou um panorama atualizado sobre o tema e destacou o prazo para contribuições. “O setor foi envolvido na discussão a partir de outubro e o prazo para apresentarmos sugestões se encerra no final de março”, afirmou. A CBIC já agendou uma nova oficina técnica com o Ministério da Fazenda, responsável pela condução da taxonomia. O primeiro encontro ocorreu em janeiro e serviu para avaliar os avanços e desafios da implementação da norma.

Para Renato Correia, presidente da CBIC, a taxonomia é um marco fundamental para atrair investimentos e impulsionar a sustentabilidade na construção civil. “Esse é um tema estratégico para o nosso setor, que tem muito a contribuir para a adoção de regras que estimulem o investimento no Brasil”, destacou. O presidente do SindusCon-SP, Yorki Estefan, reforçou a importância do debate e da participação ativa das entidades. “O grande tema do encontro foi a taxonomia verde e sua discussão, nós estamos acompanhando de perto”, afirmou.

O Movimento Construção é Mais reúne entidades empresariais da construção e do mercado imobiliário, com atuação em diversas frentes do setor. Participaram do encontro representantes da Associação Brasileira da Construção em Estrutura Metálica (ABCEM), da Associação Brasileira do Cimento Portland (ABCP), da Associação Brasileira da Indústria do Vidro (ABIVIDRO), da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC), da Associação Brasileira da Indústria de Material de Construção (ABRAMAT) e da Associação dos Fabricantes de Esquadrias de Alumínio (AFEAL).

Também marcaram presença executivos da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (ANAMACO), da Associação Nacional da Indústria Cerâmica (ANICER), da Associação Brasileira dos Fabricantes de Material para Saneamento (ASFAMAS), da Associação Brasileira de Blocos e Pisos de Concreto (BLOCO BRASIL), do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (SECOVI-SP) e do Sindicato da Indústria de Artefatos de Metais Não Ferrosos no Estado de São Paulo (SIAMFESP). Pela CBIC, participaram o coordenador de relações governamentais, Luís Henrique Macedo Cidade, e o gestor de parcerias, Waldir Abreu.

Além da TSB, outro tema estratégico da reunião foi a preparação do setor para a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-30), que será realizada no Brasil. Os participantes avaliaram o cenário da conferência e alinharam temas nos quais a indústria da construção pode apresentar contribuições técnicas e resultados concretos para a agenda climática global.