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Ciclone já se afastou do Brasil? Confira a previsão do tempo completa

A pressão atmosférica muito baixa impulsionou rajadas intensas e favoreceu a formação de nuvens do tipo cumulonimbus

Marinha emite alerta para possível ciclone no litoral. (Foto: Divulgação)

247 - O ciclone extratropical que provocou tempestades, ventos intensos e grandes acumulados de chuva no Centro-Sul do país desde o início da semana deve perder força e se afastar definitivamente da costa a partir desta quinta-feira (11). As informações são do Climatempo. Com o deslocamento do sistema para alto mar, a tendência é de estabilização do tempo e diminuição dos efeitos provocados pelo fenômeno.

Modelos meteorológicos do Inmet indicam que, embora o centro do ciclone ainda esteja alinhado com a altura do Rio Grande do Sul, ele já se encontra afastado do litoral. Na sexta-feira (12), o sistema deve estar ainda mais distante e desconfigurado, o que reduz drasticamente o potencial de tempestades e rajadas fortes.

A expectativa é que os impactos sobre o clima sejam amenizados já nesta quinta-feira. Não há previsão de novos episódios de ventos extremos ou temporais significativos para o restante da semana, de acordo com o Inmet.

Tempo mais estável no Sul e calor no Sudeste

Com o avanço do ciclone para o oceano, o tempo deve começar a firmar gradualmente na Região Sul. A previsão é de céu com poucas nuvens e ausência de chuva nos três estados. Em Porto Alegre, a máxima prevista é de 19°C. Já Curitiba e Florianópolis devem registrar elevação mais expressiva nas temperaturas, com máximas de 25°C e 28°C, respectivamente.

No Sudeste, o calor volta a ganhar força. São Paulo, Rio de Janeiro e o sul de Minas Gerais devem registrar máximas próximas dos 30°C e tempo ensolarado. No norte mineiro e no Espírito Santo, porém, ainda há possibilidade de instabilidade, apesar das altas temperaturas.

O Centro-Oeste também entra em um padrão de calor, mas com possibilidade de pancadas isoladas de chuva. As máximas variam entre 24°C e 32°C nos estados da região.

Chuvas, estragos e ventania

Embora esteja se dissipando, o ciclone deixou um rastro de danos em diversos estados. De acordo com a Climatempo, o sistema foi considerado de forte intensidade e capaz de gerar tempestades severas, com rajadas acima de 100 km/h.

A Região Sul foi a mais impactada. Cidades do Rio Grande do Sul registraram casas destelhadas, quedas de árvores e acumulados de chuva superiores a 100 milímetros em alguns pontos. Santa Catarina e Paraná também sofreram danos significativos.

No Sudeste, as rajadas de vento provocaram transtornos ao longo da semana. Em São Paulo, a ventania registrada na quarta-feira chegou a quase 100 km/h, derrubou árvores, provocou cancelamentos de voos e deixou mais de 2 milhões de imóveis sem energia.

Os estados mais atingidos pelos efeitos do fenômeno foram:

  •  Rio Grande do Sul
  •  Santa Catarina
  •  Paraná
  •  São Paulo
  •  Serra e sul do Rio de Janeiro
  •  Minas Gerais
  •  Goiás
  •  Parte de Mato Grosso do Sul
  •  Sul do Mato Grosso

Como o ciclone se formou

O ciclone extratropical teve origem na intensificação de uma área de baixa pressão entre o sul do Paraguai, o nordeste da Argentina e o Rio Grande do Sul, na tarde e noite de segunda-feira. Na madrugada de terça, o sistema se organizou completamente e cruzou o território gaúcho de oeste para leste, chegando à região de Porto Alegre durante a noite.

A pressão atmosférica muito baixa impulsionou rajadas intensas e favoreceu a formação de nuvens do tipo cumulonimbus — associadas a temporais, descargas elétricas, granizo e microexplosões. Em episódios desse tipo, meteorologistas não descartam a possibilidade de rajadas destrutivas associadas a tornados.

As condições, no entanto, já começam a mudar com o afastamento do sistema. O país deve registrar dias mais estáveis, ainda que com calor em grande parte das regiões, à medida que o ciclone se desloca para alto mar e perde sua configuração.