CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Meio Ambiente

Marina denuncia: quatro em cada dez crianças yanomami estão contaminadas por mercúrio

Em sua fala no Fórum Social Mundial, ministra acusou que 400 indígenas foram assassinados no governo Bolsonaro

Marina Silva (Foto: Reprodução)
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Por Ayrton Centeno, RBA - A ministra Marina Silva (Rede), do Meio Ambiente, declarou que quatro de cada dez crianças Yanomami estão contaminadas por mercúrio. A afirmação aconteceu ontem (26) à noite durante sua participação na mesa "Fortalecer a terra, alimentar o Brasil", do Fórum Social Mundial 2023, em Porto Alegre.

"O Brasil está estarrecido com a imagem do povo Yanomami à semelhança do que vemos nos livros de história sobre os campos de concentração", pontuou a ministra.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

"A população (indígena) está contaminada pelo mercúrio do garimpo criminoso e acossada pela violência que estupra suas mulheres e violenta seus jovens criando problemas graves de saúde", lamentou.

Bolsonaro não demarcou nada

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Marina lembrou que enquanto nos mandatos de Lula foram criados 40 milhões de hectares de terras indígenas e de unidades de conservação, nos últimos quatro anos o governo Bolsonaro "criou zero". Denunciou ainda que 400 indígenas foram assassinados no governo passado, além de 71 ambientalistas.

Discutindo o "momento difícil" e a necessidade de "reconstruir o Brasil" pós-Bolsonaro, Marina acentuou três desafios a serem enfrentados não apenas pelo governo mas pela sociedade brasileira.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

"O primeiro deles é fortalecer a democracia", disse, reparando que não existem respostas duradouras se elas só vierem de cima para baixo.

O segundo implica no enfrentamento da desigualdade, citando não ser possível admitir que "um dos maiores produtores de proteína animal e de grãos do mundo tenha 33 milhões de pessoas passando fome e 125 milhões em um quadro de insegurança alimentar", quando a pessoa come, mas não os nutrientes necessários.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Macaxeira e molho de pimenta

Marina ilustrou a situação relembrando as dificuldades de sua família no Pará em 1968. "Eu, minha mãe, sete filhos, meu pai, minha tia, meu avô e minha avó só comíamos macaxeira cozida com molho de pimenta malagueta e caldo de cana. Estávamos tecnicamente de bucho cheio mas passando fome."

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

O terceiro, prosseguiu, envolve o fortalecimento de um modelo de desenvolvimento sustentável. "O Brasil não pode dar lugar para uma visão de desenvolvimento que destrói", ponderou.

Também notou que, atualmente, é preciso "um combate estrutural ao racismo e ao machismo", citando ainda o preconceito e a violência com que é tratada a população LGBTQIA+ no país.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Além da ministra, mais 11 debatedores integraram a mesa. Entre eles, deputados e deputadas, representantes de universidades, quilombos, cozinhas e hortas comunitárias, agricultores urbanos e outros movimentos sociais que militam no combate à fome.

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Carregando os comentários...
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO