Ação contra o MST não "terminou em confronto". Começou assim
"'Acabar' e 'terminar', no caso, estão no sentido de 'ter como desenlace'. É a conclusão de algo que começou de outra maneira. A operação policial não 'acabou' em confronto. Os policiais já entraram atirando", diz o cientista político Luis Felipe Miguel, ao comentar como a Folha noticiou, em sua primeira página, a invasão à Escola Nacional Florestan Fernandes, do MST
Por Luis Felipe Miguel, em seu Facebook
A Falha se viu constrangida a dar uma (pequena) chamada de capa para o ataque policial à escola Florestan Fernandes. Dentro, uma matéria de quase meia página (par), corretamente abrigada no noticiário político, com fotos e texto que não deixam dúvidas sobre a violência da operação e mostram que foram disparados tiros de armamento letal. Há espaço para a posição do MST. Em suma, as repórteres Angela Boldrini e Cátia Seabra e o repórter fotográfico Joel Silva fizeram seu trabalho, ainda que dentro dos limites estreitos da grande imprensa. Cito os nomes porque hoje isso é raro.
Mas há um detalhe que é significativo. A chamada de capa é "Operação policial em escola do MST acaba em confronto". Dentro, o texto diz que a operação "terminou em confronto com militantes do movimento".
"Acabar" e "terminar", no caso, estão no sentido de "ter como desenlace". É a conclusão de algo que começou de outra maneira. A operação policial não "acabou" em confronto. Os policiais já entraram atirando.
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