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Arma política de Bolsonaro, milícia digital está na mira do Supremo

Uma das principais armas políticas do presidente Jair Bolsonaro, as milícias digitais estão na mira de investigação do STF, presidido por Dias Toffoli, que suspeita de um complô movido a dinheiro para desmoralizar a Corte; o órgão tem como objetivo descobrir se há verba por trás de ataques e ameaças ao Supremo, e qual a fonte de financiamento. Estimulado por uma ala do Supremo, há chance de o Congresso investigar "a utilização de perfis falsos para influenciar os resultados das eleições de 2018"

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247 - Uma das principais armas políticas do presidente Jair Bolsonaro, as milícias digitais estão na mira de investigação do Supremo Tribunal Federal, presidido por Dias Toffoli, que suspeita de um complô movido a dinheiro para desmoralizar a Corte. O órgão tem como objetivo descobrir se há verba por trás de ataques e ameaças ao STF e seus togados, e qual a fonte de financiamento. Estimulado por uma ala do Supremo, há chance de o Congresso Nacional investigar "a utilização de perfis falsos para influenciar os resultados das eleições de 2018". Seria uma CPI das Fake News. Quem coleta assinaturas para a CPI é o deputado Alexandre Leite, do DEM paulista, de acordo com informações do jornalista André Barrocal, em reportagem publicada na Carta Capital.

Desde o início de abril, o empresário Fabio Wajngarten, de 43 anos, é o chefe da comunicação de Bolsonaro. É judeu, e o empresariado de origem judaica apoiou em peso o ex-capitão. É especialista em web e redes sociais, arena das milícias bolsonaristas. Também vale ressaltar que Israel é terra de empresas de ponta em tecnologia da informação e espionagem.

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O guru de Bolsonaro, o escritor Olavo de Carvalho, por exemplo, vê o tribunal uma barreira ao avanço da extrema-direita. Já dedicou uma de suas aulas pela internet a criticar o STF, em 22 de julho de 2018, às vésperas da eleição. Segundo o escritor, o Judiciário é usado no mundo pela esquerda para tomar o poder. E que, baseados em princípios da atualidade, os juízes favorecem mulheres, negros, gays, indígenas. "Me parecia apenas que os juízes (do STF) estavam vendidos ao PT, mas a coisa é muito pior. O esquema de apropriação do País pela Suprema Corte já está em avançada fase de realização. E nós temos alguns meses para reagir contra isso. É urgente", disse Carvalho na aula.

Umas semanas antes, Carvalho foi ao canal no YouTube da jornalista Joice Hasselmann, eleita deputada por São Paulo pelo PSL, e disse: "O Supremo é o inimigo público número 1". Em abril de 2015, escreveu no Facebook: "Enquanto houver um só juiz do STF à solta, ninguém se sentirá protegido contra o crime". Em dezembro daquele ano, foi ao Twitter: "STF = são todos filhos-da-puta". Em maio de 2016, na mesma rede social: "Os juízes do STF só farão a coisa certa se forem aterrorizados pela população".

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Há "ideias heterodoxas no bolsonarismo para controlar o STF", atesta a reportagem. A deputada Bia Kicis (PSL-DF) propôs mudar a Constituição para os juízes voltarem a se aposentar com 70 anos para abrir mais vagas e o governo. Era essa idade até a reeleição de Dilma Rousseff, mas Gilmar Mendes e o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (MDB-RJ) agiram para esticar até 75, com o objetivo de impedir a então presidente de indicar mais gente ao Supremo. Bia quer que Bolsonaro indique mais (quatro, não dois). O impeachment de togados, uma decisão que cabe ao Senado, seria outra forma de abrir vagas. 

 

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