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As fragilidades da denúncia da Lava Jato contra Mantega

A jornalista Cíntia Alves aponta, no jornal GGN, a habitual precipitação e falta de consistência nos despachos do juiz Sergio Moro, com destaque para o último que recebe a denúncia contra o ex-ministro Guido Mantega; Cíntia destaca que a denúncia foi aceita a pouco menos de 2 meses do primeiro turno da eleição presidencial de 2018; o jornalista destaca que o despacho tem apenas 14 páginas e faz uma análise detalhada do documento

As fragilidades da denúncia da Lava Jato contra Mantega (Foto: Rodolfo Buhrer/Reuters)
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247 - A jornalista Cíntia Alves aponta, no Jornal GGN, a habitual precipitação e falta de consistência nos despachos do juiz Sergio Moro, com destaque para o último que recebe a denúncia contra o ex-ministro Guido Mantega. Cíntia destaca que a denúncia foi aceita a pouco menos de 2 meses do primeiro turno da eleição presidencial de 2018. A jornalista destaca que o despacho tem apenas 14 páginas e faz uma análise detalhada do documento.

Cíntia lembra que o caso não tem conexão com a Petrobras e que, em função disso, não poderia estar nas mãos de Moro: 

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"A Petrobras só é citada no caso em tela quando Moro lembra que a Braskem é uma empresa do grupo Odebrecht que tem a estatal como uma das acionistas. Nada mais. Escreveu o juiz: A Braskem 'foi a empresa beneficiada pelo acerto de corrupção, também figurou como origem dos crédito da vantagem indevida. A Braskem é controlada pelo Grupo Odebrecht. A Petrobrás é titular de significativa posição acionária, embora sem controle'. Se o processo não é relacionado a obras, contratos ou figuras que trabalharam na Petrobras, cabe a pergunta: deveria estar sob a batuta de Sergio Moro?"

Veja a seguir os pontos elencados por Cíntia e pelo Jornal GGN para analisar o despacho de Sergio Moro: 

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"O GGN analisou o documento [em anexo] assinado por Moro na segunda (13), e elencou abaixo ao menos 7 pontos centrais que levantam dúvidas sobre a solidez da acusação. Em síntese, são eles:

1. A denúncia da equipe de Deltan Dallagnol não tem conexão direta com a Petrobras;

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2. Os 50 milhões de reais que a Lava Jato diz que Mantega solicitou a Marcelo Odebrecht para a campanha de Dilma em 2010 não foram usados na eleição;

3. A "prova" material de que a Odebrecht teria pago despesas a pedido do PT é um pedaço de papel batizado de "planilha italiano" na Lava Jato, onde os valores e códigos ali anotados ganharam interpretações a partir das delações premiadas;

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4. Antonio Palocci diz que ouviu dizer que Mantega pediu dinheiro a Odebrecht; 

5. As contas de Mantega no exterior teriam recebido crédito em 2007 - ou seja, antes das medidas provisórias que beneficiaram a Braskem entrarem em discussão, em 2008 e 2009.

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6. Moro não esclarece qual é o possível elo entre as contas de Mantega na Suíça - declaradas à Receita Federal em 2017 - e o esquema investigado;

7. A delação de Palocci diz que a Odebrecht/Braskem não eram as únicas grandes empresas interessadas no Refis, ao contrádio do que induz a Lava Jato. 

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A denúncia da Lava Jato diz que Mantega pediu R$ 50 milhões a Marcelo Odebrecht em troca da aprovação de 3 medidas provisórias (MPs) que beneficiariam a Braskem. Parte dos recursos foi usado para pagar o marqueteiro João Santana. Palocci teria conhecimento da propina e participado das negociações pelas MPs. Na mesma denúncia, Moro destaca que achou "inusitado" que Mantega tenha 2 contas na Suíça e diz que precisa investigar mais."

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