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Associação de jornalistas investigativos acusa Bolsonaro: "assédio moral" a profissionais de imprensa

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) acusa Bolsonaro de assédio moral e o caracteriza como assediador: "Foram mais de uma dezena de ocasiões ao longo do primeiro ano de mandato em que o presidente teve atitude semelhante"

(Foto: Reprodução)
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247 - A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) divulgou nota nesta sexta-feira, 20, protestando vigorosamente contra o tratamento dispensado por Jair Bolsonaro a jornalistas na saída do Palácio da Alvorada na manhã. Para a entidade, o que Bolsonaro fez caracteriza assédio moral aos profissionais: "Nesta sexta-feira (20.dez.2019), o presidente Jair Bolsonaro, ao ser abordado por jornalistas na saída do Palácio da Alvorada, assediou moralmente os profissionais, recusou-se a responder perguntas e disse que a imprensa deveria se calar".

Leia a íntegra da nota da Abraji:

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Nesta sexta-feira (20.dez.2019), o presidente Jair Bolsonaro, ao ser abordado por jornalistas na saída do Palácio da Alvorada, assediou moralmente os profissionais, recusou-se a responder perguntas e disse que a imprensa deveria se calar.

Após fazer uma pergunta sobre a mudança da embaixada brasileira em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, um repórter recebeu a resposta do presidente: “Você pretende se casar comigo um dia? (...) Responde. Você não gosta de louro de olhos azuis?” Diante do silêncio do jornalista, Bolsonaro insistiu no assédio moral: “Não seja preconceituoso. Vou te processar por homofobia. Você é homofóbico”.

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Outro jornalista perguntou ao presidente a respeito das investigações sobre seu filho, o deputado federal Flávio Bolsonaro. Também recebeu resposta agressiva e de tom sexista: “Você tem uma cara de homossexual terrível e nem por isso eu te acuso de ser homossexual”.

Foram mais de uma dezena de ocasiões ao longo do primeiro ano de mandato em que o presidente teve atitude semelhante. Os apoiadores do presidente que também o aguardam na porta do Alvorada costumam celebrar os ataques, acentuando o clima de intimidação contra os repórteres. 

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Embora desta vez os alvos tenham sido homens, as jornalistas são as mais visadas pelo presidente na hora de atacar os profissionais. Segundo relatos de repórteres, Bolsonaro visa determinadas mulheres para constranger frequentemente, sempre que as vê ou é abordado por elas.

Atacar jornalistas como forma de evitar prestar informações de interesse público e receber aplausos de apoiadores é ação incompatível com o respeito ao trabalho da imprensa, fundamental para a democracia.

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Diretoria da Abraji, 20 de dezembro de 2020.

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