Bill Gates ainda pode dominar o mundo

A Microsoft adquiriu o Skype por mais de 8 bilhões de dólares e ainda caprichou, ao melhorar o Xbox, a Live (rede social do aparelho) e os produtos Windows, como o Windows Phone 7 e o MSN. Muitos movimentos, de uma só vez.

A compra do Skype foi uma ótima jogada da Microsoft, afinal de contas ela une um dos maiores softwares de chat e vídeo-chamada online com seus produtos, que se enriquecem com a presença do programa.

Para ter uma ideia do que isso representa, pense em uma situação: você está navegando na internet ou jogando em seu Xbox 360 e comentando algo com um amigo por uma vídeo-chamada pelo Kinect (acessório do Xbox que reconhece gestos do corpo para um jogo por uma câmera) no seu Skype acoplado no MSN, ou vice-versa.

Agora pense que você está na frente de um computador com Windows ou um telefone com Windows Phone 7, e você bate papo com amigos do Skype (ou do MSN) e recebe atualizações de tudo que seus amigos estão fazendo, como numa rede social, sem sair de nenhum programa. Então você pode me perguntar, como faço isso ao mesmo tempo?

Essas situações citadas acima ocorrerão dentro de uma grande plataforma (como uma rede social). A Live, rede social do Xbox 360. Ela já existe, mas receberá todos os programas já citados neste texto de uma forma harmoniosa e de praticidade do usuário.

Hoje em dia, a Live só é usada para compartilhar dados do jogador do Xbox como em um tipo de Facebook de usuários de jogos, que também têm a opção de jogos multiplayer (dois jogam ao mesmo tempo sem necessariamente estarem no mesmo aparelho). Com certeza receberá uma atualização que englobe a maioria dos produtos da Microsoft.

Mas não pense que essa idéia é nova dentro da empresa de Bill Gates. Ele até já lançou uma espécie de centro de multimídia, parecido com a idéia da Live, o Zune. Porém, esse programa faliu, principalmente por causa da falta de incompatibilidade com os aparelhos que teoricamente poderiam se conectar ao serviço.

A Microsoft tem de admitir alguns erros que cometeu durante a popularização dos computadores, como a ideia de que os seus usuários não precisavam ter um sistema tão completo de entretenimento. A empresa também pecou em alguns quesitos, quando tentou criar um desses sistemas, e de agora em diante tentar trazer de volta os usuários perdidos para a concorrente Sony, dona do Playstation , que não tem estrutura suficiente para fazer o que a Microsoft pode fazer.

E a empresa de Bill Gates está mais viva do que nunca.